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Elas "querem a paz, sempre. Sabem expressar for?a e ternura juntas, s?o boas, competentes, preparadas, sabem inspirar novas gera??es (n?o apenas os filhos)¡± Elas "querem a paz, sempre. Sabem expressar for?a e ternura juntas, s?o boas, competentes, preparadas, sabem inspirar novas gera??es (n?o apenas os filhos)¡± 

Papa: se ¨¦ a mulher que promove a paz, precisa ser valorizada como o homem

Neste Dia Internacional da Mulher, o pref¨¢cio escrito por Francisco em livro sobre lideran?a feminina volta a enaltecer a import?ncia da igualdade de direitos e oportunidades que deve ser alcan?ada "na diversidade", escreve o Papa, que relembra: "a paz nasce da mulher" e ¨¦ justo que ela seja remunerada em igual modo ao homem no que tange a cargos, compromissos e responsabilidades.
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Andressa Collet - Pope

O livro "Mais liderança feminina para um mundo melhor: o cuidado como motor para a nossa casa comum" (Editora Vita e Pensiero), organizado por Anna Maria Tarantola, ganhou prefácio do Papa Francisco. O texto é o resultado de uma pesquisa comum promovida pela , da qual Tarantola é a atual presidente, e pela rede internacional Sacru, denominada . A investigação, que reuniu 15 acadêmicos de diferentes disciplinas de 10 universidades de 8 países, procurou evidenciar tanto as dificuldades que ainda são enfrentadas pelas mulheres para alcançar papéis de destaque no mundo do trabalho como as vantagens associadas à sua maior presença nas esferas da economia, da política e da própria sociedade.

¡°Este livro fala de mulheres, dos seus talentos, das suas habilidades e competências, e das desigualdades, violências e preconceitos que ainda caracterizam o mundo feminino. As questões da mulher são particularmente importantes para mim.¡±

Assim o Papa começou a desenvolver o seu pensamento no prefácio sobre a "plena valorização da mulher". Francisco já salientou em outras oportunidades que "o homem e a mulher não são iguais e um não é superior ao outro", mas que é a mulher a portadora de harmonia da qual o mundo tanto precisa "para combater a injustiça, a cobiça cega que prejudica as pessoas e o meio ambiente, a guerra injusta e inaceitável".

A busca da igualdade na diversidade

A própria Igreja, segundo o Pontífice, pode se beneficiar da valorização da mulher, como destacou em discurso na conclusão do Sínodo dos Bispos da Região Panamazônica, em outubro de 2019: "não percebemos o que a mulher significa na Igreja e nos limitamos apenas à parte funcional [...]. Mas o papel da mulher na Igreja vai muito além da funcionalidade. É nisso que devemos continuar a trabalhar. Muito além disso". Um trabalho para abrir oportunidades iguais a homens e mulheres, escreveu o Papa, que deve ser feito por "todos juntos".

¡°O pensamento das mulheres é diferente daquele dos homens, elas estão mais atentas à proteção ambiental, o seu olhar não está voltado para o passado, mas para o futuro. As mulheres sabem que dão à luz com dor para alcançar uma grande alegria: dar a vida e abrir vastos e novos horizontes. É por isso que as mulheres querem a paz, sempre. As mulheres sabem expressar força e ternura juntas, são boas, competentes, preparadas, sabem inspirar novas gerações (não apenas os filhos).¡±

"É justo", enfatizou assim o Papa no prefácio, "que elas possam expressar essas habilidades em todos os âmbitos, não apenas naquele familiar, e possam ser remuneradas igualmente com os homens por papéis iguais, compromisso e responsabilidade". A capacidade de cuidar, característica feminina desenvolvida dentro da família, pode ser ampliada e "com sucesso", sugeriu o Papa, também "na política, nos negócios, na universidade e no local de trabalho". É o que os economistas chamam de "diversidade eficiente".

¡°A paz, portanto, nasce da mulher, se levanta e se reascende com a ternura das mães. Assim, o sonho da paz se torna realidade quando se olha para as mulheres. É o meu pensamento que, como emerge da pesquisa, a igualdade deva ser alcançada na diversidade. Não igualdade porque as mulheres adotam o comportamento masculino, mas igualdade porque as portas do campo de jogo estão abertas a todos os jogadores, sem diferenças de gênero (e também de cor, religião, de cultura...).¡±

As dificuldades enfrentadas ainda hoje

"As lacunas que ainda existem são uma grave injustiça", escreveu Francisco, como é o caso do preconceito, das desigualdades, do fenômeno da violência condenado várias vezes pelo Pontífice e da falta de acesso à educação por parte das mulheres: "infelizmente, ainda hoje, cerca de 130 milhões de meninas no mundo não vão à escola. Não há liberdade, justiça, desenvolvimento integral, democracia e paz sem educação". Se existisse a plena igualdade de oportunidades, destacou o Papa no prefácio do livro, as mulheres poderiam contribuir por um mundo de paz, de inclusão, de solidariedade e sustentabilidade integral.

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08 mar?o 2023, 06:00