Marcelo Figueroa: o ecumenismo do amor e da paz no Pontificado de Francisco
Andressa Collet - Pope
"Nestes primeiros 10 anos de papado, e no seu legado ainda não concluído, o Papa argentino", escreve em mensagem o estudioso e biblista Marcelo Figueroa, "sem nenhuma dúvida", tem no ecumenismo "um dos mais significativos pilares ou caminhos de confluência" de seu Pontificado. O presbítero e amigo de Jorge Mario Bergoglio há mais de 20 anos, já está na Itália para conduzir uma série de 8 encontros públicos no contexto dos 10 anos de aniversário do Pontificado de Francisco. O giro pelo interior do país começou neste domingo (12) pela Toscana.
A mensagem pelos 10 anos de Pontificado
Na mensagem sobre o aniversário de Pontificado, Marcelo Figueroa reflete sobre o termo ecumenismo vivido especialmente no conceito ampliado do "pensamento Bergogliano" e através, por exemplo, de uma abordagem "popular" para poder compreender "a verdadeira conversão ecumênica integral". Para conseguir isso, continua o presbítero da Igreja Presbiteriana da Argentina e também editor da versão argentina do L'Osservatore Romano, "deve-se imaginar os povos pobres e aqueles que vivem em contato com a natureza", traduzidos "na riqueza de manter a sua visão de Jesus".
"Das muitas linhas ecumênicas que o Papa Francisco traçou desde que se tornou Bispo de Roma", continua Figueroa, "Bergoglio definiu o ecumenismo de acordo com as situações pelas quais a humanidade e o planeta passaram", durante o encontro com centenas de líderes religiosos mundiais, sínodos e viagens exclusivamente ecumênicas:
A pandemia e o 'vírus ecumênico'
Para muitos vaticanistas, as duas encíclicas de Francisco, Laudato si' e Fratelli tutti, são "duas fontes inesgotáveis de estudo" que têm uma "essência ecumênica". Figueroa também destaca na sua mensagem o discurso do Papa naquela "noite chuvosa de 27 de março de 2020, no auge da pandemia":
"Diante daquele 'vírus ecumênico', foi o Papa Bergoglio, sozinho em uma Praça São Pedro vazia e silenciosa, que teve palavras de esperança para um mundo sofredor. As palavras daquele Statio Orbis ainda ressoam no cosmos e nos nossos corações: 'Percebemos que nos encontramos no mesmo barco, todos frágeis e desorientados, mas ao mesmo tempo importantes e necessários, todos chamados a remar juntos, todos necessitados de conforto."
A diplomacia pacificadora do ecumenismo
Ao imaginar um mundo pós-pandemia, veio a guerra na Europa somada às dezenas de outros conflitos bélicos no mundo, recorda Figueroa. "Diante desta terceira guerra mundial, Papa Francisco tem sido uma voz profética, de denúncia e de incansável apelo à paz", com inúmeras mensagens, homilias, sermões, discursos e encontros ecumênicos de oração pela paz, em "incansáveis esforços para implementar o ecumenismo como diplomacia pacificadora".
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