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Foto de arquivo: secretário geral do Sínodo, cardeal Mario Grech (Vatican Media) Foto de arquivo: secretário geral do Sínodo, cardeal Mario Grech (Vatican Media)

Sínodo: iniciada em Praga a Assembleia Europeia. Grech, ouvir todos, ninguém excluído

"Deve ser evidente para todos que o bom êxito do processo depende da participação ativa do povo de Deus e dos pastores. Um exercício adequado da sinodalidade nunca coloca estes dois sujeitos em competição, mas os coloca em constante relação, permitindo que ambos cumpram sua própria função": disse o secretário geral do Sínodo, cardeal Grech, saudando os cerca de 200 delegados selecionados das Conferências Episcopais Europeias que se reuniram para esta "etapa continental" do processo sinodal

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"Todo mundo significa todo mundo, ninguém excluído". Os trabalhos da Assembleia Sinodal Europeia foram abertos com esta garantia geral na manhã desta segunda-feira (06/02) em Praga, na República Tcheca. Foi o que assegurou o cardeal Mario Grech, secretário geral do Sínodo, saudando os cerca de 200 delegados selecionados das Conferências Episcopais Europeias que se reuniram para esta "etapa continental" do processo sinodal, que escolheu como tema: "Alarga o espaço da tua tenda".

"Deve ser evidente para todos - disse o cardeal Grech - que o bom êxito do processo depende da participação ativa do povo de Deus e dos pastores. Um exercício adequado da sinodalidade nunca coloca estes dois sujeitos em competição, mas os coloca em constante relação, permitindo que ambos cumpram sua própria função".

O ouvir "sustenta e regula o exercício da sinodalidade"

O purpurado prosseguiu sublinhando "a importância de ouvir": "Para muitos, ouvir - disse ele - corresponde a uma inútil perda de tempo, que favorece e até justifica aqueles na Igreja que querem fazer polêmicas, permitindo-lhes criar empecilhos".

Mas ouvir é o princípio que "sustenta e regula o exercício da sinodalidade" e, no Documento preparatório, os bispos têm "pedido para ouvir a todos, mesmo os mais distantes, talvez tomando como certa a escuta daqueles que participam da vida da Igreja. Houve uma enchurrada de críticas sobre esta indicação, como se quiséssemos favorecer uns em detrimento de outros".

Também escutamos o silêncio!

Em seguida, o cardeal convidou a "partir precisamente desta etapa continental", para "nos tornar mais atentos às vozes 'dentro' da Igreja; aquelas que agitam e muitas vezes sacodem o corpo eclesial". "Também escutamos o silêncio! Também ouvimos a cadeira vazia", assegura Grech.

"Se alguém não pôde porque falhamos em ouvir, somos chamados a verificar no que falhamos. Mas se ele não quis, devemos entender as razões. A maneira mais verdadeira, que evita atalhos fáceis, é criar 'lugares' onde todos possam falar; lugares de confronto, onde todos sintam que são ouvidos. A verdade na Igreja não depende do tom e do volume das declarações, mas do consenso que é capaz de criar precisamente a partir da escuta uns dos outros".

390 delegados on-line

Aos aproximadamente 200 delegados que acompanharão os trabalhos em presença, juntam-se outros 390 delegados on-line. A delegação da Conferência Episcopal Italiana (presente) inclui alguns membros do Comitê Nacional do Caminho Sinodal das Igrejas na Itália: dom Antonio Mura, bispo de Nuoro e Lanusei, dom Valentino Bulgarelli, irmã Nicla Spezzati e Giuseppina De Simone. Dez outros delegados se juntarão ao trabalho através de uma plataforma online.

De 10 a 12 de fevereiro, o arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), cardeal Matteo Zuppi, participará dos trabalhos reservados aos presidentes das Conferências Episcopais que, como indicado na Nota metodológica sobre as Assembleias Continentais, se reunirão "para reler colegialmente a experiência sinodal vivida a partir de seu carisma e papel específicos".

(com Sir)

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06 fevereiro 2023, 14:41