Papa: na guerra, usar armas ¨¦ sinal de fraqueza, negociar requer coragem
Jane Nogara - Pope
Na manhã desta sexta-feira (02) o Papa Francisco recebeu em audiência os membros da ONG ¡°Leaders pour la Paix¡±. Na ocasião o Pontífice dirigiu aos presentes uma breve saudação na qual agradeceu a presença e atividade da ¡°Escola Itinerante de Paz¡± organizada pelos mesmos. Em seguida o Papa destacou que ¡°ser um Leader pour la Paix nos tempos que estamos passando é uma grande responsabilidade e não apenas um compromisso¡±. Observando que a família humana, ameaçada pela guerra, corre um perigo maior: ¡°a falta de vontade de construir a paz¡±.
Antes de tudo, "calar as armas"
Francisco recordou que a experiência da ONG ensina que, diante da guerra, o primeiro passo a fazer é "calar as armas¡±, pois em um segundo tempo pensaremos em reconstruir o presente e o futuro da convivência, das instituições, das estruturas e dos serviços.
O sofrimento não é efeito colateral, mas crime
¡°Construir a paz¡±, continuou o Papa, ¡°nos pede para sermos criativos, para ir além, se necessário, dos padrões usuais das relações internacionais e, ao mesmo tempo, para nos opormos àqueles que confiam à guerra a tarefa de resolver as controvérsias entre países e dentro dos países, ou mesmo pensam em alcançar pela força as condições de justiça necessárias para a coexistência entre os povos. Não podemos esquecer¡±, disse ainda o Papa, ¡°que o sacrifício de vidas humanas, o sofrimento da população, a destruição indiscriminada de estruturas civis e a violação do princípio da humanidade não são ¡®efeitos colaterais¡¯ da guerra, são crimes internacionais¡±.
Não a uma paz teórica, mas esperança de vida
Por fim, o Francisco encorajou afirmando: "Mais do que tudo é necessária a coragem de trabalhar em conjunto diante do desafio dos últimos que pedem não uma paz teórica, mas esperança de vida. Construir a paz significa então encaminhar e sustentar processos de desenvolvimento para erradicar a pobreza, acabar com a fome, garantir a saúde e o cuidado, cuidar da casa comum, promover os direitos fundamentais e superar as discriminações causadas pela mobilidade humana. Somente então a paz se tornará sinônimo de dignidade para cada um de nossos irmãos e irmãs.
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