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O Papa: o uso de armas nucleares é imoral

Tuíte na conta @Pontifex, por ocasião do início da Conferência da ONU sobre a revisão do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, que vai até 26 de agosto e reúne representantes de 19 países: "Tentar garantir a paz com um 'equilíbrio de terror' leva a relações envenenadas entre os povos".

Silvonei José – Pope

“O uso de armas nucleares, assim como sua posse, é imoral. Tentar assegurar a estabilidade e a paz através de uma falsa sensação de segurança e um 'equilíbrio de terror' inevitavelmente leva a relações envenenadas entre os povos e dificulta o verdadeiro diálogo". Por ocasião do início da Conferência da ONU sobre a revisão do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, que durará até 26 de agosto, o Papa, em um tuíte postado em sua conta em dez idiomas @Pontifex, reitera a posição da Igreja contra as armas atômicas.

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Representantes de 190 países em Nova Iorque

Nas próximas quatro semanas, representantes de 190 países se reunirão na sede da ONU em Nova Iorque para restabelecer a força vinculante do tratado. Por mais de 50 anos, o Tratado tem sido um baluarte contra a disseminação de armas atômicas em todo o mundo e continua sendo a principal regulamentação nuclear civil e militar. Ele consagra o direito inalienável à energia nuclear, mas proíbe a disseminação de armas nucleares. Somente China, França, Reino Unido, Rússia e Estados Unidos estão autorizados a possuí-las.

Os apelos de Francisco

Francisco havia reiterado seu desejo de um mundo livre de armas nucleares, uma "responsabilidade cara e perigosa", numa mensagem de junho ao Embaixador Alexander Kmentt, presidente da primeira reunião dos Estados membros do Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares, que ocorreu em Viena de 21 a 23 de junho. Também nessa ocasião, o Pontífice salientou no documento que a mera posse de armas atômicas é "imoral". Em nome da Santa Sé, ele reiterou a urgência do desarmamento, "um objetivo exigente e clarividente" especialmente em um momento em que a humanidade está em uma "encruzilhada", assim como a necessidade de respeitar os acordos internacionais: "Eles não são uma forma de fraqueza, mas fontes de força", escreveu o Papa.

Em 8 de abril, a Pontifícia Academia de Ciências também publicou uma longa declaração sobre a prevenção da guerra nuclear, elencando os riscos que ela traria para toda a humanidade. Nove pontos de ação foram listados pelo órgão, juntamente com quatro apelos aos líderes nacionais e religiosos, cientistas e homens e mulheres de todas as partes do mundo para fazer com que "a ciência ajude a viver em paz e freie a perversão de suas conquistas".

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01 agosto 2022, 17:26