O Papa, dor por aqueles que morrem no Canal da Mancha, Belarus e no Mediterr?neo
Francesca Sabatinelli/Raimundo de Lima ¨C Pope
A oração e o coração do Papa estão com e para os migrantes, por isso Francisco, em suas saudações após a oração do Angelus este domingo (I do Advento), voltou seu pensamento para o encontro do dia anterior, sábado 27 de novembro, com membros de associações e grupos de migrantes, e de pessoas, também presentes para a oração mariana na Praça de São Pedro, que, disse o Santo Padre, "em espírito de fraternidade", compartilham o caminho dos migrantes:
Mas quantos migrantes - pensemos isto - quantos migrantes estão expostos, inclusive nestes dias, a perigos gravíssimos, e quantos perdem suas vidas em nossas fronteiras! Sinto dor diante das notícias da situação em que tantos deles se encontram: dos que morreram no Canal da Mancha; dos que estão nas fronteiras da Belarus, muitos dos quais são crianças; dos que se afogam no Mediterrâneo. Tanta dor ao pensar neles. Dos que são repatriados para o Norte da África, capturados por traficantes, que os transformam em escravos: vendem as mulheres, torturam os homens... Dos que, também nesta semana, tentaram atravessar o Mediterrâneo em busca de uma terra de bem-estar e encontraram aí, ao invés, uma sepultura; e muitos outros.
Em seguida, o Pontífice assegurou sua oração e sua proximidade a estas pessoas em dificuldades, agradecendo ademais às instituições da Igreja católica e não somente, começando pelas Caritas nacionais, e a todos aqueles envolvidos em "aliviar o sofrimento" dos migrantes. O Santo Padre dirigiu-se diretamente para quem quer que pudesse garantir sua contribuição:
Renovo meu veemente apelo àqueles que podem contribuir para a resolução destes problemas, em particular às autoridades civis e militares, para que a compreensão e o diálogo possam finalmente prevalecer sobre qualquer tipo de instrumentalização e direcionar a vontade e os esforços para soluções que respeitem a humanidade destas pessoas.
O Papa concluiu convidando todos os fiéis a voltarem seu pensamento para os migrantes e seu sofrimento e a rezarem em silêncio.
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