Apelo do Papa pela پó辱: que prevaleça o caminho pacífico do diálogo
Jackson Erpen - Cidade do Vaticano
Após rezar o Angelus com os fiéis presentes na Praça São Pedro, o Papa Francisco voltou a manifestar sua preocupação com a Etiópia, país africano martirizado por um conflito que se arrasta há mais de ano, em uma região já marcada pela fome e pela seca. E pediu orações pelo fim do conflito:
Acompanho com preocupação as notícias vindas da região do Chifre da África, em particular da Etiópia, abalada por um conflito que já se arrasta há mais de um ano e que já causou inúmeras vítimas e uma grave crise humanitária. Convido todos a rezar por aquelas populações tão duramente provadas e renovo o meu apelo para que prevaleçam a concórdia fraterna e o caminho pacífico do diálogo.
O presidente Abiy Ahmed exortou a população a "fazer sacrifícios" para repelir os rebeldes que ameaçam avançar sobre a capital. Nove grupos rebeldes anunciaram na sexta-feira uma aliança com a Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF), a milícia separatista que mantém há um ano o governo envolvido em uma guerra que já causou milhares de mortes e empurrou regiões inteiras para a carestia. Berhane Gebre-Christos, porta-voz da TPLF, disse que a coalizão quer "destituir o regime".
Abiy, vencedor do Prêmio Nobel da Paz 2019, havia enviado tropas ao Tigray em novembro passado com o objetivo de derrubar a TPLF, acusando-a de ter iniciado hostilidades com ataques a algumas bases militares. O exército separatista, no entanto, recuperou o controle da região em junho passado e, nos últimos dias, conquistou porções substanciais da região vizinha de Amhara.
Na última quarta-feira, a TPFL anunciou que havia chegado à cidade de Kemissie, a 325 quilômetros de Addis Abeba, e disse que estão em andamento "operações conjuntas" com os rebeldes do Exército de Libertação Oromo com o objetivo de marchar sobre a capital em algumas semanas.
Abiy tuitou no sábado que "há sacrifícios a serem feitos, mas esses sacrifícios salvarão a Etiópia". “Vimos as provações e os obstáculos e isso nos tornou mais fortes”, acrescentou. No entanto, o governo afirma que Addis Abeba não está ameaçada e que os rebeldes lançaram uma "guerra de informação".
Com o recrudescimento do conflito, o Departamento de Estado dos Estados Unidos ordenou que o pessoal diplomático não essencial deixe o país, que corre o risco de uma guerra civil. Dada a escalada da violência, os funcionários da embaixada e outros escritórios diplomáticos dos EUA são convidados a voltar para seu país com suas famílias, também devido ao risco de escassez de alimentos e gêneros de primeira necessidade. Arábia Saudita, Noruega, Suécia, Dinamarca e outros países também exortaram seus cidadãos a abandonarem a Etiópia.
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