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Papa com o pai de Alan Kurdi Papa com o pai de Alan Kurdi 

Papa com o pai do pequeno Alan, afogado na costa turca em 2015

No naufr¨¢gio ocorrido na tentativa de chegar ¨¤ Europa, tamb¨¦m perderam a vida a m?e do menino, Rehan, seu irm?o Galip, de 5 anos. Foi o pr¨®prio pai, ¨²nico familiar sobrevivente do naufr¨¢gio, a sepultar sua fam¨ªlia na cidade curda de Koban?.

Jackson Erpen - Pope

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Ao final da Santa Missa no Estádio Franso Hariri, em Erbil, o Papa Francisco encontrou-se com o Sr. Abdullah Kurdi, pai do pequeno Alan, cujo corpo foi encontrado na praia de Bodrum, na Turquia, em 2 de setembro de 2015, após um naufrágio. As imagens registradas pela fotógrafa turca Nilüfer Demir do pequeno corpo sem vida estendido na praia e depois sendo carregado por um agente, comoveram o mundo e chamaram a atenção para o drama de milhares de pessoas que arriscam suas vidas em travessias perigosas fugindo das guerras, em busca de uma nova esperança.

O Papa Francisco passou muito tempo com ele, e com a ajuda do intérprete, pôde escutar a dor do pai pela perda da família, e expressar sua profunda participação e a do Senhor no sofrimento daquele homem.

O sr. Abdullah expressou sua gratidão ao Santo Padre pelas palavras de proximidade com sua tragédia e com a de todos os migrantes que buscam compreensão, paz e segurança, deixando seu país e colocando suas vidas em risco. E presenteou Francisco com uma imagem que recorda seu fillho.

Pai de Alan com imagem presenteada ao Papa Francisco
Pai de Alan com imagem presenteada ao Papa Francisco

Após aquela tragédia, o Papa fez um premente apelo pela acolhida dos refugiados no  de 6 de setembro de 2015:

Face à tragédia de dezenas de milhares de refugiados que fogem da morte devido à guerra ou à fome, e estão a caminho rumo a uma esperança de vida, o Evangelho chama-nos, pede-nos que estejamos «próximos», dos mais pequeninos e abandonados. A dar-lhes uma esperança concreta. Não dizer apenas: «Coragem, paciência!...». A esperança cristã é combativa, com a tenacidade de quem caminha rumo a uma meta segura.

 

No naufrágio ocorrido na tentativa de chegar à Europa, também perderam a vida a mãe do menino, Rehan, seu irmão Galip, de 5 anos, e pelo menos outros doze sírios que estavam em outros dois barcos com destino à costa grega. O pai, Abdullah, foi o único membro da família a sobreviver ao naufrágio. E foi precisamente ele a sepultar a esposa e os dois filhos na cidade curda de Kobanî, onde Alan havia nascido.

A família já havia mudado de cidade em várias oportunidades, na fuga desesperada do autoproclamado Estado Islâmico, vindo a se estabelecer na Turquia em 2014, onde o sr. Abdullah havia conseguido um trabalho. Eventualmente visitava a família na Síria. Em 2015 haviam retornado para o Curdistão iraquiano, mas diante de nova ofensiva do EI, retornaram a Turquia, e daí a decisão de atravessar o Mar Mediterrâneo.

A morte de Alan Kurdi tornou-se um símbolo do drama vivido por milhares de migrantes e refugiados que fogem da guerra, da violência, da fome e da falta de perspectiva.

Em 16 outubro 2017, Dia Mundial da Alimentação, o Papa Francisco presenteou a FAO com uma escultura em mármore do pequeno Alan, obra do artista trentino Luigi Prevedeln. Francisco havia recebido a estátua de presente durante uma Audiência Geral, no Vaticano

Alan Kurdi, o pequeno migrante sírio de etnia curda encontrado morto na praia de Bodrum, Turquia, em setembro de 2015 (desenho de Lukesure)
Alan Kurdi, o pequeno migrante sírio de etnia curda encontrado morto na praia de Bodrum, Turquia, em setembro de 2015 (desenho de Lukesure)

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07 mar?o 2021, 17:24