O Papa aos juízes: uma sentença justa é uma poesia que repara, redime e nutre
Jane Nogara - Pope
O Papa Francisco enviou uma saudação aos juízes, homens e mulheres, da África e da América que participam do Primeiro Encontro virtual dos membros dos Comitês para os Direitos Sociais. O Pontífice inicia congratulando-se pela iniciativa de pensar, decodificar e construir a “nova” justiça social. “É importante”, afirma, “fazer uma pausa em seu trabalho do dia a dia para pensar e pensar em si mesmo. Estou certo de que esta prática lhes ajudará a adquirir uma dimensão mais completa de sua missão e responsabilidade social. Francisco recordou aos juízes suas palavras em um encontro anterior quando afirmava “como os movimentos sociais, vocês também são poetas. Quero retomar esta idéia”.
E o Papa pondera:
Em seguida encoraja os juízes: “não renunciem a esta oportunidade. Assumam a graça a que têm direito, com determinação e coragem. Estejam ciente de que tudo o que contribuírem com sua retidão e compromisso é muito importante”.
Injustiça gera desigualdade e indignidade
Francisco insiste em recordar que “quando a justiça é verdadeiramente justa, aquela justiça torna os países felizes e seus povos dignos. Nenhuma sentença pode ser justa, nenhuma lei é legítima se o que geram é mais desigualdade, se o que geram é mais perda de direitos, indignidade ou violência”.
Poesia que não transforma é um punhado de palavras mortas
Por fim o Papa Francisco exprime mais uma vez seu encorajamento ao afirmar “façam de sua poesia uma prática e assim vocês serão melhores poetas e melhores juízes. E jamais esqueçam que uma poesia que não transforma é apenas um punhado de palavras mortas” .
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