Papa aos Miquelitas: 100 anos de dedicação às crianças pobres e aos jovens indefesos
Alessandro Di Bussolo - Pope
O Papa Francisco enviou uma mensagem aos consagrados da , conhecidos como Miquelitas, por ocasião do início do Ano Jubilar pelo centenário da aprovação canônica do instituto religioso, fundado na Polônia pelo Beato Bronislau Markiewicz. A congregação é um dos 30 grupos reconhecidos oficialmente da Família Salesiana de Dom Bosco.
No texto, enviado neste final de semana e dirigido ao superior geral, Pe. Dariusz Wilk, o Papa recordou que a semente de mostarda que a Divina Providência plantou na vida do Pe. Bronislau, o zeloso sacerdote da diocese de Przemyśl a cultivou, antes de tudo, através "da experiência de vida religiosa na congregação salesiana e na amável relação direta com São João Bosco".
O legado do fundador, o Beato Bronislao Markiewicz
Do Papa, então, vieram os convites e os conselhos para a jornada vindoura ao encorajar os Miquelitos para que não se cansem de "ouvir o 'grito' que as crianças e os jovens indefesos carregam impresso nos olhos, tornando-se para eles portadores de esperança e de futuro". Francisco também motivou para que continuem tocando "a miséria humana", "a carne sofredora dos outros", como pede Jesus; os outros que são os menores pobres, órfãos e crianças abandonadas, mas também os jovens "escravos dos condicionamentos modernos e das dependências". Além disso, o Papa incentivou os consagrados a continuarem com o trabalho pastoral "através da palavra impressa" e dos novos meios de comunicação que alcançam muitas pessoas, podem gerar "frutos do bem na mente e na consciência" delas.
A aprovação, em 1921, pelo cardeal Sapieha
Francisco, na mensagem, ao lembrar que Pe. Markiewicz voltou para à sua pátria como o primeiro salesiano polonês, ele "continuou a semear através das obras em favor das crianças pobres e abandonadas, reunindo homens e mulheres, colaboradores do primeiro núcleo do ramo masculino e feminino das futuras Congregações de São Miguel Arcanjo".
O fundador morreu em 1912, e o instituto religioso, tão desejado por ele, foi aprovado em 29 de setembro de 1921 pelo então arcebispo de Cracóvia, Adam Stefan Sapieha. Nestes 100 anos, enfatizou Francisco, a herança espiritual do fundador foi adequada por seus filhos que, da Polônia, se espalharam por todos os continentes "às novas urgências pastorais, mesmo às custas do dom supremo da vida" - como testemunha o martírio dos beatos Ladislau Błądziński e Adalberto Nierychlewski.
Perto de crianças órfãs e abandonadas, rejeitadas pela sociedade
O Pontífice lembrou, na mensagem, que o carisma dos Miquelitas, "tão atual como sempre, é caracterizado pela preocupação com as crianças pobres, órfãs e abandonadas, que não são desejadas por ninguém e, muitas vezes, são consideradas um descarte da sociedade". Um compromisso educacional levado adiante, ao longo dos anos, pelas escolas, oratórios, casas de família e de acolhimento, e outras realidades assistenciais e de formação. Francisco escreveu ainda:
Hoje, ao lado dos jovens que se afastam de Deus
Hoje, prosseguiu o Papa, os mais necessitados não são apenas "aqueles que vivem na carência material, mas muitas vezes são escravos dos condicionamentos modernos e das dependências". Por essa razão, a congregação é chamada "a dedicar todo cuidado e atenção às realidades juvenis e sociais expostas ao perigo do mal e do afastamento de Deus".
Enfim, Francisco exortou a prosseguir em um "outro importante campo de apostolado", a pastoral "através da palavra impressa", com a editora "Michalineum" e os dois periódicos "Temperança e Trabalho" e "Quem como Deus" que, "adaptados às necessidades atuais e enriquecidos pela tecnologia moderna, podem alcançar muitas pessoas, gerando frutos de bem na mente e na consciência” delas.
Consagrados a serviço em "modernos hospitais de campo"
O Papa concluiu a mensagem afirmando que os tempos atuais "precisam de pessoas consagradas que saibam olhar cada vez mais para as necessidades dos últimos, que não tenham medo de realizar o carisma dos seus institutos nos modernos hospitais de campo". É necessário, então, "ser homens de comunhão, superar as fronteiras, criar pontes e derrubar os muros da indiferença". E o desejo final do Pontífice:
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