ÃÛÌÒ½»ÓÑ

Busca

Papa aos jovens japoneses: ¡°combater a pobreza espiritual ¨¦ um dever de todos"

¡°Importante n?o ¨¦ tanto concentrar-me e questionar-me por que vivo, como sobretudo para quem ±¹¾±±¹´Ç¡±. Palavras do Papa Francisco aos jovens japoneses em um discurso que focaliza a cultura do encontro. O Pont¨ªfice encontrou os jovens na Igreja de Santa Maria em T¨®quio nesta segunda-feira 25 de novembro

Jane Nogara - Cidade do Vaticano

No seu terceiro compromisso na cidade de Tóquio nesta segunda-feira (25), o Papa Francisco foi à Catedral de Santa Maria para encontrar os jovens japoneses.

Ouça e compartilhe!

Em seu discurso o Papa respondeu às questões apresentadas por três jovens que deram seu testemunho. Primeiramente saudou a todos recordando que vendo-os percebe uma grande diversidade cultural e religiosa, sendo eles, jovens que vivem no Japão e algo da beleza que a sua geração oferece ao futuro. E continua:

¡°A amizade entre vocês e a sua presença aqui lembram-nos a todos que o futuro não é ¡®monocromático¡¯", convidando a ¡°contemplá-lo na variedade e diversidade das contribuições que cada um pode dar¡±

E considera: ¡°Como a nossa família humana precisa aprender a viver em harmonia e paz, sem necessidade de sermos todos iguais!¡±

Bullyng: Unam-se para ajudar os que precisam

Em seguida falou sobre o tema de uma das perguntas dos jovens presentes: o bullyng escolar. O Papa afirmou que ¡°o ponto mais cruel do bullyng é que fere o nosso espírito e autoestima no momento em que mais precisavamos de força para nos aceitar a nós mesmos e enfrentar novos desafios na vida¡±. E que algumas vezes as vítimas chegam a culpar-se por serem ¡®alvos fáceis¡¯. E afirma: ¡°Paradoxalmente, os molestadores é que são frágeis de verdade, pois pensam que podem afirmar a sua identidade fazendo mal aos outros¡±. ¡°No fundo ¨C continua - os molestadores têm medo; são medrosos que se escondem por trás da sua força aparente¡±. E encoraja todos a tomar uma atitude: ¡°Devemos nos unir contra esta cultura do bullying e aprender a dizer: Basta!¡±

E como fazer isso? O Papa recomenda:

¡°Vocês devem se unir, entre amigos e companheiros, para dizer: Isto não! Isto é mal! Não existe arma maior para se defender de tais ações do que vocês poderem se levantar, entre companheiros e amigos, e dizer: Aquilo que você está fazendo é uma coisa grave¡±

Medo, inimigo do amor

¡°O medo, continua Francisco é sempre inimigo do bem, porque é inimigo do amor e da paz. As grandes religiões ensinam tolerância, harmonia e misericórdia; não ensinam medo, divisão e conflito¡±.

E esclarece: ¡°Jesus não Se cansava de dizer aos seus seguidores para não terem medo. Porquê? Porque, se amamos a Deus e aos nossos irmãos e irmãs, este amor expulsa o temor¡±

E agradece ao jovem dizendo ¡°O mundo precisa de ti: nunca te esqueças disto! O Senhor tem necessidade de ti, para poderes dar coragem a tantos que hoje pedem uma mão para os ajudar a levantar-se¡±. Isso supõe aprender a desenvolver uma qualidade muito importante, mas desvalorizada: a capacidade de disponibilizar tempo para os outros¡±, à família, a Deus, rezando e meditando.

E para os que têm dificuldade recomenda:

¡°A oração consiste principalmente em estar lá. Ficar quieto, dar espaço a Deus, deixa-se olhar por Ele e Ele te encherá da sua paz¡±

Pobreza espiritual

Como encontrar Deus em uma sociedade frenética, competitiva na qual as pessoas são materialmente ricas, mas são escravas da solidão? É o quesito que o Papa responde a outro jovem. Primeiramente o Papa recordou as palavras de Madre Teresa que trabalhava entre os mais pobres dos pobres: ¡°A solidão e a sensação de não ser amado é a pobreza mais terrível¡±. E o Papa adverte:

¡°Combater esta pobreza espiritual é um dever a que todos somos chamados, e vocês têm um papel especial nisso, porque requer uma grande alteração nas nossas prioridades e opções¡±

E Francisco recorda: ¡°Importante não é tanto concentrar-me e questionar-me por que vivo, como sobretudo para quem ±¹¾±±¹´Ç¡±

¡°As coisas são importantes, mas as pessoas são indispensáveis; sem elas, desumanizamo-nos, perdemos o rosto, o nome e tornamo-nos mais um objeto¡±.

Respirar espiritualmente e mediante atos de amor

Francisco explica aos jovens  que ¡°para nos manter vivos fisicamente, temos que respirar¡± e ¡°para nos manter vivos no sentido mais amplo e pleno da palavra, devemos também aprender a respirar espiritualmente, através da oração e da meditação¡±. Porém, adverte o Papa ¡°necessitamos também de um movimento exterior, pelo qual nos aproximamos dos outros mediante atos de amor e serviço¡±.

Mantendo ¡°este duplo movimento podemos crescer e descobrir não só que Deus nos amou, mas também que confiou a cada um de nós uma missão, uma vocação única, que descobrimos na medida em que nos damos aos outros, às pessoas concretas¡±.

Aqui o Papa abordou o tema de como crescer para descobrir a nossa identidade, bondade e beleza interior. E explica:

¡°Para ser felizes, devemos pedir ajuda aos outros (¡­) sair de nós mesmos e ir ter com os outros, especialmente os mais necessitados¡±

O Papa pede aos jovens que ajudem os que buscam refúgio no país, que eles devem considerá-los irmãos e irmãs.

Por fim o Papa convida ¡°Não deturpem nem interrompam seus sonhos, lhes deem espaço e ousem contemplar grandes horizontes, ver o que espera vocês se tiverem a coragem de construí-lo juntos. O Japão precisa de vocês, o mundo precisa de vocês, despertos e generosos, alegres e entusiastas, capazes de construir uma casa para todos¡±.

 

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp

Photogallery

Encontro do Papa Francisco com os jovens em T¨®quio
25 novembro 2019, 04:15