Papa convida a caminhar nas pegadas dos áپ japoneses
Manuel Tavares - Cidade do Vaticano
“No Calvário, muitas vozes se calaram e tantas outras zombaram do Crucificado; só a voz do Bom ladrão se ergueu em defesa do Inocente sofredor, como verdadeira e corajosa profissão de fé”.
O Santo Padre presidiu, neste domingo (24/11), no Estádio de Beisebol de Nagasaki, à celebração Eucarística na Solenidade de Cristo Rei do Universo.
Em sua homilia, o Papa partiu do versículo evangélico de Lucas: “Jesus, lembra-te de mim, quando estiveres no teu Reino”. Neste último domingo do Ano Litúrgico, Francisco nos exorta a unir as nossas vozes à do Bom ladrão, que foi crucificado com Jesus, que o reconheceu e o proclamou Rei.
Naquele momento triste, entre zombarias e humilhação, o malfeitor, conhecido como Bom ladrão, teve a força, apesar do seu sofrimento na cruz, de levantar sua voz e fazer a sua profissão de fé em Jesus, que lhe respondeu: “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso”.
Calvário
O passado tortuoso do malfeitor ganhou um novo significado, por acompanhar de perto o suplício do Senhor, que oferecia a sua vida pela salvação dos homens. E o Papa explicou:
As zombarias tocam o coração tornando-se compaixão. Por isso, Francisco convidou os fiéis presentes a renovar a nossa fé em Jesus Cristo, como fez o Bom ladrão. Muitas vezes, disse o Papa, nos esquecemos dos sofrimentos de tantos inocentes, dizendo “salva-te a ti mesmo”. E Francisco refletiu:
Mártires japoneses
Aqui, o Pontífice recordou o exemplo de São Paulo Miki e Companheiros, que, com coragem, deram testemunho da salvação, com a própria vida, bem como a herança espiritual de milhares de mártires do Japão:
Professamos a nossa fé no Deus dos vivos, afirmou o Papa. Cristo está vivo, age no meio de nós e nos guia rumo à plenitude da vida. Eis a nossa esperança! Nossa missão de discípulos missionários é ser testemunhas e arautos do futuro. Por isso, não devemos nos resignar diante do mal, mas sermos fermento do seu Reino: na família, no trabalho, na sociedade. E Francisco acrescentou:
A nossa meta comum
“O Reino dos Céus é a nossa meta comum: uma meta que não pode ser atingida só amanhã, mas também, apesar da indiferença que circunda e cala tantos dos nossos enfermos, pessoas com deficiência, idosos e excluídos, refugiados e trabalhadores estrangeiros. Todos são sacramento vivo de Cristo, nosso Rei”.
O Santo Padre concluiu sua homilia recordando que, no Calvário, muitas vozes se calaram e tantas outras zombaram, mas só a voz do Bom ladrão se ergueu em defesa do Inocente sofredor: uma verdadeira e corajosa profissão de fé. Cabe a cada um de nós a decisão de calar, zombar ou profetizar. Por fim, o Papa fez uma exortação:
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