Papa a bispos da Á: mantenham a porta aberta aos sacerdotes e à missão no continente
Andressa Collet - Cidade do Vaticano
O Papa Francisco deu seguimento à agenda oficial em Bangcoc nesta sexta-feira (22) em Tha Kham ao encontrar os bispos da Tailândia e da Federação das Conferências dos Bispos da Ásia (FABC) no Sampran, o santuário do primeiro Beato da Tailândia, o sacerdote e mártir, Nicolau Bunkerd Kitbamrung. A FABC é uma associação que reúne os membros das 19 Conferências Episcopais da Ásia, com sede em Hong Kong, além de associados, para promover o apostolado da Igreja no grande continente.
O legado do Beato Nicolau
Ao iniciar o discurso aos bispos asiáticos, o Pontífice agradeceu as boas vindas e logo fez referência ao local que hospedava o encontro, recordando o Beato Nicolau. O mártir “dedicou a sua vida à evangelização e à catequese, formando discípulos do Senhor”, disse o Papa, ao incentivar que seu exemplo se espalhasse pelas Igrejas da Ásia, feito “bálsamo e perfume”.
Francisco, ao citar a assembleia geral da FABC de 2020 pelos 50 anos de aniversário, disse ser uma boa ocasião para se voltar a visitar os ‘santuários’, onde se guardam “as raízes missionárias”. É importante que essa memória dos pastores que lutaram e intercederam pelo seu povo, acrescentou o Papa, ajude a avaliar a missão atual em meio a tantas tensões:
O exemplo da santidade para espírito evangélico autêntico
Buscar na memória missionária o exemplo de Santos, disse o Papa, ajuda a enfrentar os embates dos tempos atuais:
O Papa, ao descrever o caminho missionário na Ásia, observou a importância do Espírito Santo seguir sempre na primeira linha: é ele quem “chega antes do missionário, e permanece com ele”. O impulso do Espírito Santo, acrescentou, motivou os próprios Apóstolos e tantos missionários a não descartar nenhuma “terra, povo, cultura ou situação”para receber “a semente de vida”.
A transformação a partir do Evangelho
Francisco então falou da força do Evangelho na missão, que consiste não somente em proclamá-lo, mas em “também aprender a crer no Evangelho e deixar-se transformar por ele”. Ao parafrasear Paulo VI ao afirmar que “a Igreja começa por se evangelizar a si mesma”, o Papa falou da importância da dinâmica “conversão-anúncio”, de tornar-se “testemunha por vocação”.
O Papa caracterizou, assim, a fecundidade evangélica ao enaltecer o trabalho realizado pela Igreja asiática que, mesmo “pequena em pessoas e recursos”, é ardente e ansiosa por ser um instrumento vivo da promessa do Senhor para todas as pessoas das aldeias e cidades”. Francisco afirmou que “o martírio da dedicação diária e frequentemente silenciosa dará os frutos de que precisam os povos de vocês”.
Porta aberta aos sacerdotes
Uma missão que também deve ser perpetuada por todos, ao percorrer um caminho de evangelização que inspire paciência e amabilidade, escuta e respeito. Francisco finalizou o discurso, então, fazendo um convite especial aos bispos da Ásia:
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