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Papa reza com fiéis por vítimas da DZêԳ na پó辱

A DZêԳ na پó辱 teve início na última semana de outubro com protestos contra o primeiro-ministro e Prêmio Nobel da Paz, Abiy Ahmed, expondo mais uma vez as rivalidades entre os grupos étnicos oromo e amhara. Cristãos ortodoxos etíopes na mira por serem identificados com o grupo étnico amhara

Cidade do Vaticano

Após rezar o Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Papa Francisco expressou sua dor pelas notícias vindas da Etiópia de violências contra cristãos da Igreja Ortodoxa Tewahedo:

Estou triste pelas violências sofridas pelos cristãos da Igreja Ortodoxa Tewahedo da Etiópia. Manifesto minha proximidade a esta Igreja e ao seu Patriarca, o querido irmão Abuna Matthias, e peço a vocês para rezarem por todas as vítimas da violência naquela terra. Rezemos juntos.....Ave Maria....”.

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A violência na Etiópia teve início na última semana de outubro com protestos contra o primeiro-ministro e Prêmio Nobel da Paz, Abiy Ahmed, como consequência das rivalidades entre os grupos étnicos oromo e amhara.

Um alto prelado, Melakehiwot Aba Woldeyesus Seifu, declarou à BBC que mais de 60 fiéis haviam sido mortos durante os protestos em Oromia, região central do país, na última semana.

O balanço exato das vítimas é difícil de estabelecer. Na sexta-feira, o chefe de polícia da região declarou à Agência Reuters que 67 pessoas haviam sido mortas. Treze morreram com ferimentos a bala e as outras devido a ferimentos provocados por pedras. Não está claro se esse número inclui aqueles que Aba Woldeyesus declarou terem sido mortos.

Os tumultos começaram depois que Jawar Mohammed, ativista e jornalista oromo (muito influente) disse que, depois que as autoridades retiraram sua escolta, sua vida esteve ameaçada várias vezes. Isso teria desencadeado as tensões étnicas e religiosas que causaram mortos e feridos. No entanto, essa reconstrução não foi endossada pelas autoridades.

A Igreja Ortodoxa, a maior confissão religiosa da Etiópia, afirmou reiteradas vezes que suas instituições e seguidores estão sendo alvo de ataques. E também nesta ocasião, os fiéis cristãos seriam alvos dos confrontos. Aba Woldeyesus disse à BBC que 158 adultos e algumas crianças se refugiaram em uma igreja em Dodola, uma cidade a 290 quilômetros ao sul da capital, Adis Abeba. Eles ficaram lá por quatro dias, com o exército fornecendo comida e água.

Foram relatadas violências étnicas e religiosas nas cidades de Dodola, Harar, Balerobe e Adama. As propriedades pertencentes à Igreja Ortodoxa Etíope de Tewahedo, que alguns associam ao grupo étnico amhara, foram alvo de ataques em vários locais.

Na quinta-feira, a Igreja Ortodoxa havia feito um apelo à calma, dizendo que a violência "resultou em perda de vidas, além de causar danos a propriedades e deslocamentos em massa", segundo a Fana Broadcasting Corporate, afiliada ao Estado.

Os soldados foram destacados para as áreas afetadas pela violência. No sábado, o primeiro-ministro Abiy Ahmed definiu como "atos selvagens" o que estava acontecendo e disse que as pessoas deveriam trabalhar para evitar divisões.

(Com Africa Missione e Cultura)

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03 novembro 2019, 12:21