Final do Sínodo: Imagens e palavras do Papa Francisco
Cidade do Vaticano
Francisco dissera quando abriu o Sínodo dos Bispos para a Região Panamazônica, uma assembléia que não é um parlatório, mas um lugar de escuta do Espírito Santo. Aqui, dentro dos muros do Vaticano, o fogo soprou, mudando as perspectivas, mostrando a direção. O grito da Amazônia surgiu da escuridão da floresta para alcançar a luz do mundo. O grito dos descartados, presos nas cordas de uma vida precária, sob constante ameaça de predadores sem respeito por seus direitos e pela Criação. Descartados dos quais muitas vezes nos distanciamos, chegando ao ponto de desprezar suas tradições. O seu grito é o dos "porteiros do Céu" porque - disse o Papa na sua homilia na Missa de encerramento do Sínodo - serão eles que nos abrirão as portas da vida eterna. Os descartados "ícones vivos da profecia cristã".
Uma Igreja unida, portanto, diante da dor e dos desafios apresentados pela Amazônia, "coração biológico" do mundo habitado por dois milhões e meio de indígenas. Desafios pastorais, culturais e ecológicos que requerem - lê-se no Documento Final do Sínodo - uma conversão integral e sinodal. Nestes novos caminhos se pede mais escuta à voz das mulheres. Estuda-se um rito amazônico que se somaria aos 23 ritos já presentes na Igreja; ponto central, reiterado no documento, é a promoção, a formação e o apoio aos diáconos permanentes, incluindo também neste caminho a esposa e os filhos.
Uma abertura importante, fruto da paresia e escuta. Uma forma arrojada de caminhar juntos, também desejada por aqueles que participaram do Sínodo como a peruana Lucero Guillén Cornejo.
Como Igreja, creio que deve haver uma maior abertura para que haja também muito mais participação e este Sínodo já o está fazendo, mas temos de avançar um pouco mais.
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