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A amada e martirizada ³§¨ª°ù¾±²¹ no cora??o do Papa Francisco

Desde o in¨ªcio do Pontificado, Papa Francisco implorou pela ³§¨ª°ù¾±²¹, tornando-se int¨¦rprete da dor de um povo sofredor, pedindo a interven??o da comunidade internacional para que as armas se calem. O novo diretor da Sala de Imprensa da Santa S¨¦, Matteo Bruni, fez uma breve declara??o sobre o mais recente gesto Pont¨ªfice: uma Carta enviada nesta segunda-feira (22) ao presidente da ³§¨ª°ù¾±²¹ presidente Bashar Hafez al-Assad

Cidade do Vaticano

O mais recente gesto do Papa Francisco pela Síria foi comunicado nesta segunda-feira (22) com a declaração do novo Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, confirmando ¡°a profunda preocupação do Papa pela situação humanitária na Síria com particular referência às dramáticas condições da população civil em Idlib¡±. A Carta foi entregue ao presidente da Síria Bashar Hafez al-Assad em Damasco pelo cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson.

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O sangue inocente derramado, as crianças encurraladas sob os intensos bombardeios, muitas testemunhas de fé sequestradas e assassinadas, mas que não renegam diante da Cruz. Em seis anos de Magistério, são muitas as imagens que o Papa Francisco ofereceu ao mundo para que não esquecessem da desumana guerra na Síria. O Papa se fez voz da esperança, de paz, de compromisso não escondendo as dificuldades do diálogo entre as partes e o grande risco de transformar o conflito em uma ¡°perseguição brutal¡± das minorias religiosas. A preocupação do Pontífice foi dirigida muitas vezes aos refugiados e os deslocados que fogem da guerra e da violência que ¡°apenas cria novas feridas, cria novas violências¡±.

Ao lado do povo sírio

O Papa fez mais de uma dezena de apelos no Angelus e no Regina Coeli. A Síria é uma constante nas mensagens Urbi et Orbi que o Papa pronuncia; o mesmo acontece nas Audiências Gerais das quartas-feiras quando as notícias abalam pela violência com a qual são cometidas. Francisco faz com que os grandes da terra, todos os que encontra, escutem o grito de paz. Por exemplo, escreve por ocasião da cúpula do G20 de São Petersburgo (5 de setembro de 2013), invocando ¡°uma solução pacífica através do diálogo e da negociação entre as partes interessadas com o apoio conjunto da comunidade internacional¡±. Em 12 de dezembro de 2016 escreve ao presidente sírio Bashir Al-Assad, uma carta enviada em mãos pelo núncio apostólico na Síria, cardeal Mario Zenari, outro incansável embaixador de paz. Pede ¡°uma solução pacífica das hostilidades¡±, a proteção dos civis, o acesso gratuito às ajudas humanitárias e condena ¡°todas as formas de extremismo e terrorismo¡±.

A carícia da Igreja

¡°Quero dizer que vocês não estão sós¡±: assim Francisco explica a sua presença, junto com o Patriarca Ecumênico de Constantinopla Bartolomeu, na Ilha de Lesbos em 16 de abril de 2016, ao se dirigir aos refugiados abrigados nos hospitais do campo de Mòria. Ao seu retorno a Roma, traz consigo no avião três famílias sírias. É um gesto que vai além das palavras; é um gesto que é amor da Igreja pelos mais fracos, é a carícia de Jesus aos famintos de hoje. Três anos mais tarde o Papa envia o cardeal Konrad Krajewski, Esmoleiro Pontifício, para levar a sua proximidade e uma doação de 100 mil euros aos migrantes alojados nas estruturas da ilha. Também neste ano de 2019, na Via-Sacra do Coliseu, dois sírios apertam forte a Cruz na décima-segunda estação. As mãos que abraçam a madeira evocam as palavras do Papa na , ¡°que vocês possam sempre dar um testemunho de Jesus ¨C escrevia Francisco ¨C através das dificuldades! Vocês são o fermento na massa¡±.

O Dia de Jejum e Vigília pela paz

Dezoito dias depois da sua eleição, na o Papa recorda ¡°a amada Síria¡± e a população ferida pelo conflito, mas também ¡°os numerosos refugiados, que esperam ajuda e consolo¡±.

¡°Quanto sangue foi derramado! E quantos sofrimentos ainda deverão acontecer antes que se consiga encontrar uma solução política à crise?¡±

Um pergunta muito repetida com o passar dos anos . O Papa pede ¡°coragem¡± e ¡°decisão¡± para empreender o caminho da negociação, sem poupar esforços. A oração é a força à qual apegar-se na dor e na dificuldade, por isso promove para o dia 7 de setembro de 2013 o Dia de Jejum e de oração pela paz na Síria, no Oriente Médio, e no mundo inteiro. ¡°A humanidade ¨C diz Francisco no Angelus de primeiro de setembro de 2013 ¨C precisa ver gestos e escutar palavras de esperança e de paz!¡±.

A assistência aos que sofrem

A preocupação de Francisco, no decorrer dos anos e em vista das cúpulas internacionais sobre a Síria, é de respeitar o direito humanitário. Pediu várias vezes garantias para a evacuação dos civis e elogiou a acolhida de países como o Líbano, a Jordânia e a Turquia. Em 2016, na Ilha de Lesbos, junto com o Patriarca Bartolomeu e o arcebispo de Atenas Ieronymos, assinou uma e intensificar os esforços para a acolhida dos que fogem.

¡°Pedimos a todos os países que alarguem o asilo temporário, ofereçam o estatuto de refugiado a quantos se apresentarem idôneos, ampliem os seus esforços de socorro e colaborem com todos os homens e mulheres de boa vontade para um rápido fim dos conflitos em curso¡±

Que as armas se calem

Diante dos sequestros de cristãos e muçulmanos, entre eles, bispos e religiosos, Francisco pede que as armas se calem e na Carta aos cristãos do Oriente Médio fala de atribulações causadas pelo Estado Islâmico.

A aflição e a tribulação agravaram-se nos últimos meses por causa dos conflitos que atormentam a Região e, sobretudo, pela atuação de uma organização terrorista mais recente e preocupante, de dimensões antes inconcebíveis, que comete toda a espécie de abusos e práticas indignas do homem, atingindo de forma particular alguns de vocês que foram brutalmente expulsos das suas terras, onde os cristãos têm estado presentes desde a época apostólica.

¡°Este sofrimento brada a Deus e faz apelo ao compromisso de todos nós por meio da oração e de todo o tipo de iniciativa¡±

¡°O fundamentalismo religioso ¨C explica o ¨C ainda antes de descartar os seres humanos perpetrando horrendos massacres, rejeita o próprio Deus, relegando-O a mero pretexto ideológico¡±

As crianças, esperança de paz

No pensamento de Francisco há sempre um espaço especial para as crianças, primeiras vítimas da guerra e que ¡°não poderão ver a luz do futuro!¡±. Condenando com firmeza o recurso às armas químicas e os traficantes que ¡°continuam fazendo seus interesses: armas molhadas de sangue, sangue inocente¡±, o Pontífice recorda que a violência cria violência.

¡°Há um juízo de Deus e também um juízo da história sobre as nossas ações às quais não se pode fugir! O uso da violência nunca leva à paz. Guerra chama guerra, violência chama violência!¡±

Em primeiro de junho de 2016, por ocasião do , o Papa convida as crianças de todo o mundo a se unirem em oração com seus coetâneos sírios enquanto em , primeiro domingo de advento, acende uma vela, símbolo da paz, para as crianças que vivem em zonas de conflitos não percam a esperança. A paz, repetiu várias vezes Francisco, ¡°começa no coração¡±.

 

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22 julho 2019, 14:33