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Papa: que Santa Catarina de Sena ajude a unidade da Igreja

¡°Ela trabalhou muito pela unidade da Igreja, rezava e trabalhava muito. Pe?amos a ela pela Igreja, que ajude a unidade da Igreja, que ajude a ±õ³Ù¨¢±ô¾±²¹ neste momento dif¨ªcil e que ajude a unidade da Europa¡±, disse o Papa na sauda??o inicial da missa.

Cidade do Vaticano

O Papa Francisco retomou esta segunda-feira (29/04) as celebrações matutinas na capela da Casa Santa Marta. Desta vez, porém, não fez a homilia.

No início da missa, o Pontífice recordou a santa festejada neste dia 29: Santa Catarina de Sena, padroeira da Itália e da Europa.

¡°Ela trabalhou muito pela unidade da Igreja, rezava e trabalhava muito. Peçamos a ela pela Igreja, que ajude a unidade da Igreja, que ajude a Itália neste momento difícil e que ajude a unidade da Europa.¡±

Estilo firme, mas materno

¡°Não nos contentemos com as coisas pequenas. Deus quer coisas grandes! Se vocês fossem o que deveriam ser, incendiariam toda a Itália!¡± Com estas palavras, em seu habitual estilo firme e intransigente, mas sempre materno, Catarina Benincasa convidava à radicalidade da fé a um dos seus interlocutores epistolares. Trata-se de uma exortação que revela o ardente desejo da santa de irradiar o Evangelho no mundo, mediante o testemunho ciente e crível de homens e mulheres convertidos pelo anúncio do Ressuscitado: ¡°Munida de uma fé invicta, poderá enfrentar, vitoriosamente, seus adversários¡±, disse-lhe Cristo em uma visão no último dia de Carnaval de 1367, em um episódio que os biógrafos recordam como ¡°núpcias místicas¡± de Catarina.

Determinada, desde criança, a casar-se com Cristo

Catarina nasceu vinte e cinco anos antes, no dia 25 de março, no bairro Fontebranda de Sena, vigésima quarta filha, dos vinte e cinco vindos ao mundo, de Jacopo Benincasa e de Lapa de Puccio Piacenti, em uma época caracterizada por fortes tensões no tecido social; com apenas seis anos, - em um momento em que o Papado tinha sua sede em Avinhão e os movimentos heréticos insidiavam a vida Igreja, - a menina teve uma visão em que Jesus estava vestido com roupas pontificais. No ano seguinte, fez votos de virgindade, amadurecendo, depois, o firme propósito de seguir a perfeição cristã junto à ordem Dominicana. Diante da oposição dos pais, que queriam que se casasse, Catarina reagiu com determinação: com 12 anos, cortou o cabelo, cobriu-se com um véu e encerrou-se em casa. Então, em 1363, a família permitiu-lhe entrar para a comunidade das ¡°Mantellate¡± ou Terciárias Dominicanas.

Mãe e mestra, ponto de referência espiritual para muitos

A santa aprendeu a ler e escrever e se dedicou a uma intensa atividade caritativa entre os últimos; em uma Europa, dilacerada por pestes, guerras, escassez e sofrimentos, ela se tornou um ponto de referência para homens de cultura e religiosos, que, por frequentarem assiduamente a sua casa, foram chamados ¡°catarinados¡±. Os mais íntimos entre eles a chamavam ¡°mãe e mestra¡± e se tornaram descritores dos seus muitos apelos às autoridades civis e religiosas: exortações a assumir suas responsabilidades, às vezes, repreendidos e convidados a agir, mas sempre expressos com amor e caridade. Entre os temas enfrentados nas missivas destacam-se: a pacificação da Itália, a necessidade de cruzadas, a reforma da Igreja e o retorno do Papado a Roma, para o qual a santa foi determinante, por se encontrar, na Provença, em 1376, com o Papa Gregório XI.

O Papa ¡°doce Cristo na terra¡± e seu retorno a Roma

Catarina jamais teve medo de admoestar o Sucessor de Pedro, por ela definido ¡°doce Cristo na terra¡±, às suas responsabilidades: reconhecia suas faltas humanas, mas sempre teve máxima reverência pelo Vigário de Jesus na terra, assim como por todos os sacerdotes. Após a rebelião de um grupo de Cardeais, que deu início ao cisma do Ocidente, Urbano VI a convocou em Roma. Ali, a santa adoeceu e faleceu em 29 de abril de 1380, como Jesus, com apenas 33 anos. As palavras do apóstolo Paulo ¡°Não sou mais eu quem vive, mas Cristo vive em mim¡± se encarnaram na vida de Catarina que, em 1375, recebeu os estigmas incruentos, revivendo semanalmente, - narram as testemunhas, - a Paixão de Cristo.

Proclamada Doutora da Igreja por Paulo VI

A pertença ao Filho de Deus, a coragem e a sabedoria infusa são os traços distintivos de uma mulher, única na história da Igreja, autora de textos como ¡°O Diálogo da Divina Providência¡±, o ¡°Epistolário¡± e a coletânea de ¡°Orações¡±. Devido à sua grandeza espiritual e doutrinal, Paulo VI, em 1970, a proclama Doutora da Igreja.
Apaixonada por Jesus Cristo, Catarina escrevia: ¡°Nada atrai o coração de um homem como o amor! Por amor, Deus o criou; por amor, seu pai e sua mãe deram-lhe a sua substância; ele foi feito para amar.¡±

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29 abril 2019, 12:44