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Papa reitera rejeição à pena de morte, mesmo para o pior dos criminosos

Aos participantes do 7º Congresso Mundial contra a pena de morte, que se realiza em Bruxelas, na é, Francisco reiterou o valor cristão da vida humana.

Bianca Fraccalvieri e Silvonei José - Cidade do Vaticano

O Papa Francisco enviou uma videomensagem aos participantes do 7º Congresso Mundial contra a pena de morte, que se realiza em Bruxelas, na Bélgica.

Gravada em espanhol, a mensagem do Pontífice reforça a visão cristã da vida isto é: “A vida humana é um dom que recebemos, o mais importante e primário, fonte de todos os outros dons e de todos os outros direitos e, como tal, deve ser protegida”.

Grave violação

A pena de morte é, portanto, uma grave violação do direito à vida de cada pessoa, afirma o Papa, recordando que hoje existem outros e mais eficazes meios de expiação pelos danos causados à sociedade.

Para Francisco, o fato que cada vez mais países apostam na vida e não na pena de morte, ou até mesmo a eliminaram completamente da sua legislação penal, é um fator positivo. E o Papa completou:

“A Igreja sempre defendeu a vida e a sua visão sobre a pena de morte amadureceu. Por esta razão, eu quis que esse ponto fosse modificado no Catecismo da Igreja Católica. Durante muito tempo, a pena de morte foi considerada como a resposta adequada à gravidade de alguns crimes para proteger o bem comum. No entanto, a dignidade da pessoa não se perde, mesmo quando se tenha cometido o pior dos crimes. Ninguém pode ser morto e privado da oportunidade de abraçar novamente a comunidade que feriu e fez sofrer.”

Francisco considera uma “corajosa afirmação do princípio da dignidade da pessoa” o objetivo de abolir a pena de morte em todo o mundo e está convencido “de que a humanidade pode enfrentar o crime, além de rejeitar o mal, oferecendo ao condenado a possibilidade e o tempo para reparar o dano causado, pensar em sua ação e, portanto, ser capaz de mudar a sua vida”.

O Papa conclui a mensagem encorajando todos aqueles que têm responsabilidades em seus países a darem os passos necessários para a abolição total da pena de morte.

“A Igreja sempre defendeu a vida e a sua visão sobre a pena de morte É nossa responsabilidade reconhecer a dignidade de cada pessoa e trabalhar para que outras vidas não sejam eliminadas, mas ganhá-las para o bem de toda a sociedade.”

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27 fevereiro 2019, 11:26