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Sergio Centofanti – Cidade do Vaticano

Com uma Carta Apostólica em forma de Motu Proprio o Papa Francisco estabeleceu que a “Capela Musical Pontifícia” fará parte do Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice, responsável pela organização das funções litúrgicas papais e ao mesmo tempo reponsável e promotora da preciosa herança artístico-musical produzida nos séculos pela própria Capela Sistina nas solenes liturgias dos Pontífices.

A Capela “Sistina” na história

“Desde a sua antiga fundação e ao longo dos séculos, o Coral da Capela Musical Pontifícia” – escreve o Papa – brilhou na história “como importante manifestação de expressão artística e litúrgica a serviço das solenes celebrações dos Pontífices, inicialmente dentro da esplêndida capela” da qual tomou o nome e depois no âmbito da Basílica de São Pedro, ou onde os Pontífices considerassem necessária a sua presença.

Ligação com as celebrações dos Pontífices

Justamente por esta direta ligação com as maiores celebrações dos Papas”, o Coral da Capela Musical “Sistina” encontrou por antiga tradição “seu apoio institucional inicialmente no antigo “Mordomado” de Sua Santidade, para em seguida ficar ligada à Prefeitura da Casa Pontifícia, porém sempre com administração autônoma, embora dependende de vínculos concordados com os vários Responsáveis pelas funções papais”.

Indicações do Concílio sobre a Sagrada Liturgia

A decisão atual – explica Francisco – foi tomada “de acordo com as indicações do Concílio com relação à Sagrada Liturgia”, em particular os números 28-29 da Sacrosanctum Concilium que , “em vista do decoro da celebração litúrgica” designam às scholae cantorum “um verdadeiro ministério litúrgico” a ser exercido “com autêntica piedade do modo que convêm a tão grande ministério e que o Povo de Deus tem o direito de exigir”.

Nomeação de Mons. Guido Marini

Depois dessa decisão, o Papa nomeou como Responsável pelo Coral da Capela Musical Pontifícia, Mons. Guido Marini, Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, “confiando-lhe a tarefa de guiar todas as atividades e os âmbitos litúrgico, pastoral, espiritual, artístico e educativo da Capela, fazendo com que seja cada vez mais perceptível na mesma e em cada um dos componentes o objetivo primário da Música Sacra que é “a glória de Deus e a santificação dos fiéis” (SC 112). Caberá a Mons. Marini “redigir um Estatuto próprio da Capela”, atualizando também o regulamento aprovado por São Paulo VI em 8 de agosto de 1969 e as sucessivas disposições aprovadas em 1970.

Nomeação de Dom Guido Pozzo

Por fim, Francisco “com sincera preocupação pelo profícuo caminho eclesial” Sistina, nomeia como Supervisor econômico da Capela Musical Pontifícia, Dom Guido Pozzo, até agora Secretário da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, “confiando-lhe apenas a tarefa da administração econômica da própria Capela a ser feita sob a guia do Mestre das Celebrações e Responsável pela Capela Musical Pontifícia.