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2018.10.01 IV Seminario Etica gestione della Salute 2018.10.01 IV Seminario Etica gestione della Salute 

Papa. Cuidar dos nossos irm?os doentes abre o nosso cora??o

Ao encontrar os participantes de um semin¨¢rio sobre a ?tica na gest?o de Servi?os de Sa¨²de o Papa recordou que ¡°os cuidados dos nossos irm?os abre nosso cora??o para acolher um dom maravilhoso¡±. O Papa prop?e tr¨ºs palavras para reflex?o sobre a rela??o do doente com trabalhadores da sa¨²de: milagre, cuidado e confian?a.

Cidade do Vaticano

Nesta segunda-feira, 1º de outubro, o Papa Francisco recebeu os participantes do IV Seminário de Ética na gestão de Serviços de Saúde organizado pela Pontifícia Academia para a Vida, que contou com a presença de Dom Alberto Bochatey, Bispo Auxiliar de La Plata e presidente da Comissão de Saúde da Conferência Episcopal Argentina e do senhor Cristian Mazza, presidente da Fundação ¡°Consenso Salud¡±.

Papa Francisco falou aos presentes que embora estejamos em uma época marcada pela crise econômica que leva a muitas dificuldades no atendimento dos pacientes desde o desenvolvimento da ciência médica ao acesso à terapias e remédios. ¡°O cuidados dos nossos irmãos abre nosso coração para acolher um dom maravilhoso¡±. Neste contexto Francisco propõe três palavras para reflexão: milagre, cuidado e confiança.

Milagre: valorizando a dignidade do ser humano

Os responsáveis pelas instituições dirão que é impossível fazer milagres para manter os custos-benefícios... ¡°Sem dúvida - disse o Papa - um milagre não é fazer o impossível, o milagre é encontrar no doente, no desamparado que temos diante de nós, um irmão. Somos chamados a reconhecer no doente o receptor das prestações de imenso valor de sua dignidade como ser humano, como filho de Deus¡±. O Papa esclarece que por si só não ¡°desata todos os nós¡±, mas criará disposição para desatá-los na medida de nossas possibilidades levando a uma mudança  interior e de mentalidade em nós mesmos e na sociedade.

A consciência de valorizar a dignidade do ser humano ¡°permite que sejam criadas estruturas legislativas, econômicas e médicas necessárias para enfrentar os problemas irão surgindo¡±.

Francisco observou que ¡°o princípio inspirador deste trabalho deve ser absolutamente a busca do bem. E este bem não é um ideal abstrato, mas uma pessoa concreta, um rosto, que muitas vezes sofre". Em seguida o Papa disse aos participantes: "Sejam valentes e generosos nas intenções, planos, projetos e no uso dos meios econômicos e técnicos-científicos¡±.

Cuidado: para o doente se sentir amado

Sobre este ponto o Papa disse que cuidar dos doentes não é simplesmente a aplicação asséptica de medicamentos ou terapias apropriadas, mas especificou que o verbo latim ¡°curare¡± quer dizer atender, preocupar-se, cuidar, ser responsável pelo outro, pelo irmão.

¡°Este cuidado deve ter maior intensidade nos cuidados paliativos", por atravessarmos neste momento uma forte tendência à legalização da eutanásia, sabemos o quanto é importante um acompanhamento sereno e participativo. ¡°Quando o paciente terminal - diz o Papa - sente-se amado, respeitado e aceito, a sombra negativa da eutanásia desaparece ou é quase inexistente, pois o valor do seu ser se mede pela sua capacidade de dar e receber amor e não pela sua produtividade¡±.

Confiança: relação baseada na responsabilidade e lealdade

A terceira palavra no contexto de cuidados dos enfermos é confiança que pode ser distinguida em vários âmbitos. Antes de tudo, a confiança do próprio doente em si mesmo, na possibilidade de se curar que garante boa parte do êxito da terapia. Em seguida o Papa refere-se aos trabalhadores: ¡°É importante para o trabalhador da área de saúde poder realizar suas funções em um clima de serenidade, estando ciente de que está fazendo o certo, o humanamente possível em função dos recursos disponíveis¡±.

¡°Não há dúvida de que se colocar nas mãos de uma pessoa, principalmente quando a vida está em jogo, é muito difícil, a relação com o médico ou o enfermeiro sempre se baseou na responsabilidade e na lealdade¡±. Francisco alerta aos riscos de que a burocracia e a complexidade do sistema de saúde altere a estreita relação paciente/médicos e enfermeiros e possa se tornar um simples ¡°termos do contrato¡±, interrompendo desta maneira esta confiança.

O Papa conclui dizendo que ¡°temos que lutar para manter íntegro este vínculo de profunda humanidade, pois nenhuma instituição assistencial pode por si substituir-se ao coração humano¡±.

¡°Portanto a relação com o doente exige respeito em sua autonomia e grande disponibilidade, atenção, compreensão, cumplicidade e diálogo, para ser expressão de um compromisso assumido como serviço¡±

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01 outubro 2018, 10:22