Tráfico humano causa vergonha e escândalo, afirma o Papa
Cidade do Vaticano –
O Papa concluiu sua série de audiências esta sexta-feira (09/02) recebendo os membros do “Grupo Santa Martaâ€, reunidos no Vaticano para o primeiro encontro de 2018.
O Grupo Santa Marta foi criado pelo Papa Francisco em 2015, com a finalidade de reunir especialistas em diversas áreas para combater o tráfico humano. Integram o Grupo responsáveis pela segurança, políticas públicas e assistência pastoral e é liderado pelo arcebispo de Westminster e presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, cardeal Vicent Nichols
De fato, disse o Papa em seu discurso, a variedade de proveniência dos membros do Grupo garantem uma contribuição essencial para enfrentar as causas e os efeitos deste flagelo moderno, que continua causando indizíveis sofrimentos humanos.
Para Francisco, o grito de Deus a Caim – “Onde está o seu irmão? – nos provoca a examinar seriamente as várias formas de cumplicidade com as quais a sociedade tolera e encoraja a exploração de homens, mulheres e crianças, principalmente para fins sexuais. Por isso, as iniciativas voltadas para combater este crime devem considerar sempre mais os vastos setores relacionados, como por exemplo o uso responsável das tecnologias e dos meios de comunicação, além do estudo das implicações éticas de modelos de crescimento econômico que privilegiam o lucro sobre as pessoas.
“Estou confiante de que as discussões desses dias ajudarão também a incrementar a consciência da crescente necessidade de ajudar as vítimas desses crimes, acompanhando-a num caminho de reintegração na sociedade e de restabelecimento de sua dignidade humanaâ€, afirmou o Papa, acrescentando que a Igreja é grata por cada esforço feito para levar o "bálsamo da misericórdia divina aos que sofrem". Somente assim, concluiu o Papa, poderemos ter sociedades recuperadas e renovadas em seu conjunto.
Deste encontro do Grupo Santa Marta participou a Ir. Rosita Milesi MSCS, presidente do Instituto Migrações e Direitos Humanos, representando o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM). Já a brasileira Ir. Marinês Biasibetti representou a Comissão Episcopal para Migrantes Refugiados e Deslocados da Igreja em Moçambique.
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