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Papa recebe membros da comunidade yazidi Papa recebe membros da comunidade yazidi 

Papa recebe membros da comunidade yazidi

Em sua saudação, Francisco se solidarizou com as "vítimas inocentes de insensata e desumana barbárie".

Cidade do Vaticano -

A Audiência Geral não foi o único compromisso do Papa Francisco nesta quarta-feira. Antes de se reunir com os fiéis na Praça S. Pedro, o Pontífice recebeu na Sala Paulo VI membros da comunidade yazidi residente na Alemanha. De modo especial, o Papa saudou os membros dessa minoria religiosa do Oriente Médio, sobretudo de etnia curda, que vivem na Síria e no Iraque.

“O meu pensamento solidário e orante vai às vítimas inocentes de insensata e desumana barbárie. É inaceitável que seres humanos sejam perseguidos e assassinados por causa de um sua pertença religiosa! Toda pessoa tem direito de professar livremente e sem imposições o próprio credo religioso.”

Francisco recordou que a história da comunidade yazidi, rica de espiritualidade e cultura, foi marcada infelizmente por indizíveis violações dos direitos fundamentais da pessoa humana: sequestros, escravidão, torturas, conversões forçadas e assassinatos. Os santuários e locais de culto foram destruídos. Os que tiveram mais sorte puderam fugir, deixando tudo para trás.

Papa encontra comunidade yazidi

“Em muitas partes do mundo ainda existem minorias religiosas e étnicas, entre as quais cristãs, perseguidas por causa da fé. A Santa Sé não se cansa de intervir para denunciar essas situações, pedindo reconhecimento, proteção e respeito. Ao mesmo tempo, exorta ao diálogo e à reconciliação para sanar toda ferida.”

Do coração do homem, disse ainda o Papa, podem se desencadear as forças mais obscuras, capazes de planificar a anulação do irmão, considerando-o um inimigo, um adversário, ou até mesmo um indivíduo privado da mesma dignidade humana.

“Mais uma vez levanto a minha voz a favor dos direitos dos yazidis, antes de tudo o direito a existir como comunidade religiosa: ninguém pode atribuir-se o poder de cancelar um grupo religioso porque não faz parte daqueles ‘tolerados’”

De modo especial, Francisco mencionou os membros da comunidade que ainda estão nas mãos dos terroristas, pedindo que se faça todo esforço para resgatá-los. “A comunidade internacional não pode permanecer expectadora muda e inerte diante desse drama. Portanto, encorajo as instituições e as pessoas de boa vontade a contribuíram à reconstrução das casas e dos locais de culto dessa comunidade”, exortou ainda o Papa, solicitando esforços concretos para criar as condições idôneas para o regresso dos refugiados.

“Deus nos ajude a construir juntos um mundo onde se possa viver em paz e fraternidade.” 

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24 janeiro 2018, 09:59