Audi¨ºncia: Papa explica os ritos introdut¨®rios da missa
Bianca Fraccalvieri ¨C Cidade do Vaticano
O Papa Francisco conduziu a Audiência Geral desta quarta-feira, realizada na Sala Paulo VI em clima natalino.
Dando prosseguimento ao ciclo sobre a eucaristia, em sua catequese o Pontífice recordou as duas partes que compõem a missa: a liturgia da Palavra e a Liturgia eucarística. Para explicar melhor cada uma delas, nesta ocasião explicou os ritos introdutórios: a entrada, a saudação, o ato penitencial, o Kyrie eleison, o Glória e a oração chamada Coleta, das intenções de todo o povo de Deus.
¡°A finalidade destes ritos introdutórios é fazer com que os fiéis congregados formem comunidade e se disponham a escutar com fé a Palavra de Deus e a celebrar dignamente a Eucaristia¡±, afirmou o Papa.
Na procissão de entrada, o celebrante chega ao presbitério, saúda o altar com uma inclinação e, em sinal de veneração, beija-o e incensa-o, porque o altar é sinal de Cristo, que, oferecendo o seu corpo na cruz, tornou-Se altar, vítima e sacerdote. ¡°Quando olhamos o altar, vemos onde Cristo está. O altar é Cristo¡±, explicou.
Em seguida, o sacerdote e restantes membros da assembleia fazem o sinal da cruz: com este sinal, não só recordamos o nosso Batismo, mas afirmamos também que a oração litúrgica se realiza ¡®em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo¡¯, desenrola-se no espaço da Santíssima Trindade, que é espaço de comunhão infinita; toda a oração tem como origem e fim o amor de Deus Uno e Trino que se manifestou e nos foi doado na Cruz de Cristo.
E mais uma vez Francisco pediu aos pais e aos avós que ensinem bem as crianças a fazer o sinal da cruz.
Depois o sacerdote dirige a saudação litúrgica à assembleia: ¡°O Senhor esteja convosco!¡±. ¡®Ele está no meio de nós¡¯: responde-lhe o povo de Deus. Assim se expressa a fé comum e o mútuo desejo de estar com o Senhor e viver em união com toda a comunidade.
¡°Estamos no início da missa e devemos pensar no significado de todos esses gestos e palavras. Estamos entrando numa ¡®sinfonia¡¯, na qual ressoam várias tonalidades de vozes, inclusive momentos de silêncio, com a finalidade de criar o ¡®acordo¡¯ entre todos os participantes, isto é, de se reconhecer animados por um único Espírito e para um mesmo fim.¡±
Esta sinfonia apresenta logo um momento tocante, que é o ato penitencial, isto é, o momento de reconhecer os próprios pecados. ¡°Todos somos pecadores. Talvez alguns de vocês não¡±, brincou o Papa com fiéis, pedindo que o ¡°não pecador¡± levantasse a mão para ser reconhecido pela multidão. ¡°Vocês têm uma boa f顱, disse Francisco, já que ninguém se manifestou.
¡°Não se trata somente de pensar nos pecados cometidos, mas é muito mais: é o convite a confessar-se pecadores diante de Deus e dos irmãos, com humildade e sinceridade, como o publicano no templo¡±, concluiu o Papa, acrescentando que devido à sua importância, a próxima catequese será dedicada justamente ao ato penitencial.
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