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Comentário: A beleza que dá sentido à vida

Chamou muita a atenção dos nossos leitores e ouvintes a tomada de posição do Papa Francisco sobre como comportar-se durante a Santa Missa, referindo-se primeiramente à distração.

Cidade do Vaticano

Nesta semana, o Papa Francisco no âmbito da Audiência Geral, no tradicional encontro das quartas-feiras (08) na Praça São Pedro, deu início a uma nova série de catequeses – depois daquelas dedicadas à esperança cristã – centralizadas agora, como ele mesmo disse, “no coração” da Igreja, ou seja, a Eucaristia.

Sim o Papa quer ajudar os fiéis a refletirem e a entenderem melhor a “beleza da Eucaristia”, para viverem sempre mais plenamente o relacionamento com Deus.

Participar na Santa Missa é viver outra vez a paixão e a morte redentora de Cristo.

Na catequese, Francisco fez uma introdução ao tema fazendo perguntas que ele pretende responder ao longo dos encontros das quartas-feiras, como por exemplo, a importância que damos ao sacrifício da Missa e à comunhão na mesa do Senhor. Buscamos – disse –, de verdade, essa fonte de “água viva”, que transforma nossa vida em um sacrifício espiritual de louvor e ação de graças?

Chamou muita a atenção dos nossos leitores e ouvintes a tomada de posição do Papa Francisco sobre como comportar-se durante a Santa Missa, referindo-se primeiramente à distração.

A Eucaristia, explicou o Papa, é um acontecimento “maravilhoso”, no qual Jesus Cristo, nossa vida, se faz presente. “Participar na missa é viver outra vez a paixão e a morte redentora do Senhor. É uma teofania: o Senhor se faz presente no altar para ser oferecido ao Pai para a salvação do mundo”.

O Senhor está ali conosco, presente. Mas muitas vezes, - disse Francisco - nós vamos à Missa e passamos o tempo todo conversando, enquanto o sacerdote celebra a eucaristia, mas não celebramos com ele.

Mas, se hoje viesse aqui o presidente da República, - continuou -, ou uma pessoa muito importante, certamente todos ficaríamos perto dele para saudá-lo. Quando vamos à missa, ali está o Senhor. Mas estamos distraídos. 

O Papa, no seu costumeiro diálogo como os fiéis, colocou-se no lugar dos fiéis. “Mas, padre, as missas são chatas. A missa não, - recordou Francisco - os sacerdotes! Então eles devem se converter.”

Depois Francisco foi mais longe falando de um aparelho que entrou na nossa cotidianidade, e sem o qual parece que muita gente não consegue viver; o celular. O pensamento do Papa foi para o uso desse instrumento de comunicação como câmera fotográfica durante a Santa Missa.

Sabemos muito bem que quem vem ao Vaticano quer ver o Papa e levar consigo uma recordação indelével dos momentos vividos em Roma, na Praça São Pedro, na Basílica de São Pedro. Mas Francisco falou do seu desconforto quando, durante a celebração Eucarística as pessoas, ao invés de participarem da cerimônia estão preocupadas em tirar fotografias.

O sacerdote diz “corações ao alto” – recordou o Papa -, e não diz “celulares ao alto”. “Não! Fico triste quando celebro e vejo muitos fiéis com os celulares ao alto. Não só os fiéis, mas também sacerdotes e até bispos.

A missa não é espetáculo, é ir ao encontro da paixão e ressurreição do Senhor. Lembrem-se: chega de celulares.” Participar na Santa Missa é viver outra vez a paixão e a morte redentora de Cristo.

Devemos voltar aos fundamentos da fé e como São Tomé fez, tocar de qualquer modo Deus para poder reconhecê-lo. E são precisamente os Sacramentos e a Celebração Eucarística, como recordou Francisco, “os caminhos preferenciais”, para nos encontrarmos com o amor de Deus, para redescobrir esta beleza que dá sentido à vida de cada um de nós. (Silvonei José)

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11 novembro 2017, 12:18