Guerra mata 13 crian?as na Cisjord?nia nos primeiros meses de 2025
Victor Hugo Barros - Cidade do Vaticano
A guerra entre Israel e Gaza alcança uma nova triste marca. Segundo dados do UNICEF, são 13 as crianças mortas pelos conflitos apenas nos primeiros 44 dias de 2025. Nos últimos 16 meses, o número de palestinos mortos ainda na infância na região da Cisjordânia é de 195, um aumento de 200% em comparação aos 16 meses anteriores.
No último dia 09 de fevereiro, no campo de Nur Shams, uma mulher grávida de oito meses foi ferida e morta, junto com seu filho que ainda estava sendo gestado. Dois dias antes - 07 de fevereiro - um palestino de 10 anos foi morto após ser atingido por um projetil.
Os apelos do Papa
Por diversas vezes, o Papa Francisco já havia chamado a atenção para a situação das crianças feridas pelas guerras. Durante o Encontro sobre os Direitos da Criança, ocorrido no Vaticano no último dia 03 de fevereiro, o Santo Padre voltou a elevar a voz contra a escalada de violência diante de governantes e representantes de diversos países.
¡°Não é aceitável aquilo que, nos últimos tempos, temos visto quase todos os dias, isto é, crianças que morrem sob as bombas, sacrificadas aos ídolos do poder, da ideologia, dos interesses nacionalistas. Na realidade, nada vale a vida de uma criança. Matar os pequenos significa negar o futuro¡±, exclamou o pontífice.
Um dos maiores ataques a este futuro aconteceu há pouco menos de um mês, durante uma operação no norte da Cisjordânia. Em 19 de janeiro, 07 crianças foram mortas durante uma operação de larga escala no território. Entre as vítimas, estava também um menino de dois anos e meio, cuja mãe, grávida, ficou ferida durante o tiroteio.
O cenário nos faz questionar, como o Papa Francisco: ¡°O que as crianças, as famílias, têm a ver com a guerra? Elas são as primeiras vítimas¡±, perguntou e afirmou o pontífice no final da audiência geral no dia 30 de outubro de 2024, na Praça São Pedro.
Os efeitos da guerra
Além dos mortos, outras milhares de crianças e suas famílias tiveram que abandonar suas casas diante das recentes operações militares, também nos campos de Jenin, Nur Shams, Tulkarem e al-Farah. Quase 100 escolas também foram afetadas pelos conflitos, interrompendo suas atividades e a instrução às crianças, vitimadas de diversas formas pela guerra na Cisjordânia.
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