Corredor de ajudas humanitárias para Catatumbo, na DZô
Segundo informações do Coordenador Nacional de Gestão de Riscos de Desastres da Caritas Colômbia, transmitidas à Agência Fides, entre as vítimas da grave crise no país, a pior desde 2002, encontram-se civis, crianças, mulheres grávidas, pessoas com deficiência e membros de comunidades indígenas.
Nos últimos 10 dias, os confrontos entre guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) e combatentes da 'Frente 33', das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), causaram mais de uma centena de mortos e milhares de deslocados (IDP), ao serem forçados a deixar suas casas; muitos outros ficaram isolados e incapazes de escapar por causa dos combates violentos. Trata-se de dados, que aumentam constantemente, na medida que a população continua a fugir para áreas consideradas seguras.
Com o objetivo de ajudar as numerosas vítimas inocentes, foi criado um verdadeiro corredor de ajudas humanitárias, como apoio complementar, com produtos, bebidas, alimentos para consumo imediato e utensílios. Nas áreas mais críticas, que causam preocupação, milhares de pessoas foram acolhidas em paróquias e seminários católicos em Tibú, Ocaña, Gabarra e Tabo; outros encontraram abrigo nas casas de pessoas, que vivem na área afetada, e outros ainda em localidades adjacentes à área de emergência.
Em colaboração com as dioceses de Cúcuta, Ocaña e Tibú, junto com a fundação ANDI (Associação Nacional de Empresários da Colômbia), ÁBACO (Bancos de Alimentos da Colômbia), foram feitas doações em dinheiro, milhares de ajudas alimentares básicas e kits de saúde.
Segundo o Ministério da Defesa, até o momento, mais de 47.000 deslocados foram transferidos para os centros urbanos de Tibú (10.482 pessoas), Ocaña (10.719), Cúcuta (16.663) e outros municípios (11.699). Estima-se também que haja mais de 23.000 pessoas confinadas na região.
A “Frente Comuneros do Sul”, estrutura que se separou do ELN, é uma das principais causas da crise, entre o grupo armado e o Governo, embora tivessem aceito, oficialmente, o processo de paz iniciado em 2016, quando o governo colombiano e as FARC assinaram o Acordo. O ministro da Defesa, Iván Velásquez, afirmou: “Estamos expelindo os líderes e signatários de Catatumbo, perseguidos pelo ELN. No entanto, chegou à região um primeiro contingente de 400 homens”.
*Agência Fides
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp