Cuba anuncia a liberta??o de 553 prisioneiros
Pope
Uma libertação gradual, mas ampla, no contexto de uma mediação com a Igreja católica que vem ocorrendo há anos. Foi o que anunciou esta terça-feira (14/01) o Ministério das Relações Exteriores de Cuba, que em um comunicado anunciou a decisão de libertar 553 pessoas, ¡°condenadas por vários crimes¡±. Não foi especificado se as pessoas que Havana libertará incluem prisioneiros políticos, muitos dos quais estão cumprindo penas por participarem de manifestações contra o governo em julho de 2021. O anúncio foi feito poucas horas depois que o governo estadunidense de Joe Biden anunciou que removeria Cuba da lista de Estados patrocinadores do terrorismo, que inclui países como Coreia do Norte, Irã e Síria. A nota diplomática cubana não faz referência a um vínculo direto com a decisão tomada pela Casa Branca, onde o presidente eleito Donald Trump, que durante seu primeiro mandato havia incluído Cuba nessa mesma lista, assumirá o cargo em breve.
A esperança do Papa Francisco
Por sua vez, Havana especifica que, no início de janeiro, o presidente Miguel Díaz-Canel enviou uma carta ao Papa Francisco, comunicando a decisão de conceder ¡°liberdade a 553 pessoas punidas por vários crimes¡±. O governo cubano informou que havia ¡°mantido comunicação com o Papa Francisco e seus representantes e, como no passado, informou Sua Santidade sobre os processos de revisão e libertação de pessoas privadas de liberdade¡±, lembrando como ¡°mais de 10.000 pessoas punidas com a privação de liberdade¡± haviam sido libertadas da prisão entre 2023 e 2024 com ¡°diferentes tipos de benefícios previstos em lei¡±. Na véspera Ano Santo em andamento, o Pontífice havia solicitado formas de anistia e perdão de penas na Bula de proclamação de um Jubileu que ele quis dedicar ao tema ¡°Peregrinos de esperança¡±. ¡°Espírito¡±, este do Jubileu, recordado na Declaração de Havana.
Passos na história
Em 1998, quando São João Paulo II visitou a ilha, Fidel Castro libertou cerca de 200 pessoas. Milhares de prisioneiros voltaram à liberdade na véspera da visita de Bento XVI a Cuba em 2012 e cerca de 3.500 antes da chegada do Papa Francisco em 2015. Nesse meio tempo, houve o restabelecimento das relações diplomáticas entre Washington e Havana em dezembro de 2014. Tanto o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, quanto seu homólogo cubano, Raúl Castro, agradeceram ao Papa Francisco por sua contribuição para o alcance do acordo.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp