Save the Children: na Faixa de Gaza, a maior taxa de desnutrição infantil do mundo
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Em 2023, a fome afetou cerca de 733 milhões de pessoas, 152 milhões a mais do que em 2019, o equivalente a 1 em cada 11 pessoas em todo o mundo. A situação piora na África, onde 20,4% da população, ou 1 em cada 5 pessoas, passa fome, enquanto permanece estável na Ásia, um continente que continua a abrigar mais da metade das pessoas em condição de fome no mundo, e registra uma redução nos níveis de fome na América Latina.
Mas é em Gaza que se registra atualmente o maior índice de desnutrição em todo o mundo: 1,1 milhão de crianças, o equivalente a toda a população infantil, está em estado de insegurança alimentar grave devido ao conflito em andamento. Essas são as conclusões da mais recente análise da Save the Children, “A fome devora as crianças”, lançada esta segunda-feira (14/10), junto com a campanha de conscientização.
Níveis de desnutrição ainda são dramáticos
Embora as tendências mostrem que, em todo o mundo, a desnutrição infantil tenha diminuído constantemente desde 2000, os dados mais recentes disponíveis mostram que os níveis de desnutrição ainda são dramáticos e estão longe das metas estabelecidas pelo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2.
A desnutrição aguda em crianças aumentou 20% entre 2020 e 2022 nos 19 países mais afetados por crises humanitárias, passando de 23 milhões em 2020 (pré-pandemia) para 27,7 milhões em 2022.
Eclosão de novos conflitos agrava situação das crianças
Considerando as tendências atuais, estima-se que 128,5 milhões de crianças (19,5%) estarão cronicamente desnutridas em 2030, cerca de metade delas na África Ocidental e Central.
Embora os dados mostrem uma ligeira redução no início de 2023 (27,1 milhões), a eclosão de novos conflitos - como no Sudão, na República Democrática do Congo e nos Territórios Palestinos Ocupados - pode ter causado um novo aumento no número de crianças atingidas pela desnutrição aguda em 2023.
(com Sir)
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