ܻã: agrava a crise humanitária e a violência da guerra
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Até 24 de junho, mais de 136.000 pessoas fugiram do sudeste do Sudão devido ao aumento das violências. Quase 15 meses após o início da guerra entre o exército de Cartum SAF (Forças Armadas Sudanesas) e o RSF (Forças de Apoio Rápido, paramilitares), a Organização Internacional de Migração da ONU atualizou o número de pessoas deslocadas somente do estado de Sennar, onde há relatos de ataques das RSF.
A guerra
De fato, há cerca de duas semanas, os paramilitares vêm tentando conquistar a cidade do mesmo nome, um polo comercial às margens do Nilo Azul, mas também localidades menores, como Sinjah e al-Dinder. A situação no Estado vizinho de Gedaref é crítica, onde os campos de acolhida e a ajuda alimentar para os que fogem dos combates são insuficientes. Os refugiados estão bloqueados e, até agora, as tentativas de levá-los para um lugar seguro foram em vão, enquanto os suprimentos de água e alimentos estão diminuindo a cada dia. Enquanto isso, no oeste do país, grupos de ativistas relataram que pelo menos 12 pessoas foram mortas por fogo de artilharia em um mercado em al-Fashir, no norte de Darfur, cenário de confrontos ferozes entre as RSF e o exército, ao qual uniram-se milícias armadas locais.
A voz dos Bispos
Dando voz ao sofrimento do povo, os bispos da Conferência dos Bispos Católicos do Sudão (SCBC), que reúne os bispos do Sudão e do Sudão do Sul) declararam no final do seu encontro em junho na cidade de Juba: "O tecido da sociedade sudanesa foi dilacerado, com pessoas chocadas, traumatizadas e incrédulas com o nível de violência e ódio". A declaração também denunciou os interesses egoístas que desencadearam o conflito: "Não se trata simplesmente de uma guerra entre dois generais, pois o exército está inextricavelmente enraizado na vida econômica do país, e tanto a SAF (o exército) quanto a RSF (os paramilitares) têm uma rede de ricos indivíduos e cartéis da elite sudanesa e internacional que se beneficiam do controle de vários setores da economia." Na verdade, os dois partidos em guerra controlam, cada um, setores importantes da economia sudanesa e estão ligados a patrocinadores externos que continuam a fornecer armas cada vez mais sofisticadas, como drones.
(Fides)
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