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Nova tragédia no ²Ñ±ð»å¾±³Ù±ð°ù°ùâ²Ô±ð´Ç, uma das rotas mais mortíferas para migrantes

Somente em 2024 foram registrados mais de 920 mortos e desaparecidos em todo o ²Ñ±ð»å¾±³Ù±ð°ù°ùâ²Ô±ð´Ç, o equivalente a mais de 5 pessoas por dia; desde 2014, são mais de 29.800 desde 2014, naquela que se confirma como a rota para migrantes mais mortífera do mundo.

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância UNICEF), expressam profundas condolências às dezenas de vítimas de dois novos incidentes no Mediterrâneo na segunda-feira, 17.

Asfixia em barco que partiu da Líbia

 

No primeiro naufrágio, houve 10 vítimas confirmadas. Elas teriam perdido a vida por asfixia no convés inferior do barco em que viajavam. 51 sobreviventes foram levados para um local seguro em Lampedusa pelo navio Nadir da ONG Resqship, que socorreu o barco de madeira que partiu da Líbia. Os países de origem dos migrantes são Síria, Egito, Paquistão e Bangladesh.

Fogo em motor de barco vindo da Turquia

 

Em um segundo incidente, após serem socorridos por um barco de pesca e transferidos para um navio mercante, 11 sobreviventes foram resgatados pela Guarda Costeira italiana no Mar Jônico e levados para um local seguro em Roccella Jonica, juntamente com o corpo de uma mulher, enquanto outras 64 pessoas estavam desaparecidas no mar.

Segundo a reconstrução dos sobreviventes, o motor da embarcação, que saiu da Turquia oito dias antes, pegou fogo, fazendo com que o casco virasse a 110 milhas náuticas da costa italiana. Os sobreviventes e os desaparecidos no mar são provenientes do Irã, da Síria e do Iraque. Entre os sobreviventes, estão 2 crianças acompanhadas e 2 mulheres.

As equipes de Save the Children - organização que luta há mais de 100 anos para salvar meninos e meninas em risco e garantir-lhes um futuro -, intervieram em Roccella Jonica e Lampedusa desde as primeiras fases do desembarque para garantir apoio e proteção aos sobreviventes.

Novamente assim, homens, mulheres e crianças, fugindo das guerras, da pobreza, da fome, dos conflitos, das crises humanitárias, perderam a vida na tentativa de alcançar um futuro possível na Europa.

Apelo de Save the Children

 

Diante desta nova tragédia, Save the Children renova o seu apelo às instituições italianas e europeias para que assumam a responsabilidade de colocar a vida das pessoas em primeiro lugar em todas as decisões sobre políticas de migração, ativando um sistema europeu de busca e salvamento no mar e abrindo rotas de acesso legais:

“Os menores migrantes, sozinhos ou com as suas famílias, que tentam chegar a um lugar seguro na Europa, enfrentam perigos de todos os tipos e estão expostos a riscos muito elevados de violência, tráfico, exploração até ao extremo da perda de vidas, como acontece com demasiada frequência. Save the Children renova o seu convite às instituições italianas e europeias para que assumam a responsabilidade de colocar a vida das pessoas em primeiro lugar em todas as decisões sobre políticas migratórias. O recente G7 quis assumir um compromisso de combate aos traficantes de seres humanos, mas a nível europeu este compromisso não pode ignorar a ativação de um sistema de busca e salvamento no mar. Este compromisso também deve ser acompanhado pela abertura de vias de acesso regulares, incluindo corredores humanitários e de evacuação para pessoas em fuga, reagrupamento familiar mais rápido e vistos de estudo", afirmou em um comunicado Daniela Fatarella, diretora geral da organização.

São mais de 920 os mortos e desaparecidos em todo o Mediterrâneo somente em 2024, o que corresponde a mais de 5 pessoas por dia. Desde 2014 são mais de 29.800 os mortos e desaparecidos, naquela que se confirma como a rota mais mortífera do mundo.

*Com agências da ONU e Save the Children

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18 junho 2024, 10:48