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Um ano 鈥渄evastador鈥� para o jornalismo, marcado pela impunidade em torno dos assassinatos e prisões de profissionais da mídia em todo o mundo. Foi assim que o Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Türk, descreveu em Genebra 2023. 鈥淣o ano passado, 71 jornalistas foram assassinados e apenas 30% desses assassinatos são investigados鈥�, disse na sexta-feira, (03/05), por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. 鈥淨uando perdemos um jornalista鈥�, acrescentou, 鈥減erdemos nossos olhos e ouvidos para o mundo exterior鈥�. Por fim, Türk valorizou o trabalho dos cartunistas que, segundo ele, 鈥渢êm uma capacidade extraordinária de destacar em suas obras o impacto dos direitos negados, mas também a promessa dos direitos concedidos鈥�.

Na mesma linha, o Secretário Geral da ONU, António Guterres, lembrou que 鈥渙s trabalhadores da mídia arriscam suas vidas para nos dar notícias sobre tudo, da guerra à democracia鈥�. Daí o apelo a todas as partes interessadas - governos, setor privado e sociedade civil - para que 鈥渞eafirmem seu compromisso de proteger a liberdade de imprensa鈥�.

De acordo com o Relatório 2024 de 鈥淩epórteres sem Fronteiras2, dos 180 países pesquisados, o que mais respeita a autonomia e a independência do jornalismo é a Noruega, enquanto a Eritreia é o último colocado. A Rússia, os Emirados Árabes Unidos, a Turquia, a China e o Irã também estão no final da lista. A Itália está em 46º lugar e os EUA em 55º.