Descobertas sobre Santo Sudário são aprofundadas em livro inédito lançado no Brasil
Pope
Na fé católica, o Santo Sudário se apresenta como possibilidade de prova viva da Ressurreição. Com objetivo de reunir evidências históricas e científicas que fundamentam a autenticidade da mortalha de Jesus Cristo, o historiador francês Jean-Christian Petitfils decidiu escrever um livro que é resultado de mais de quatro décadas de pesquisas. E, pela primeira vez, o público brasileiro terá acesso a essa obra que se aprofunda na história e na ciência por trás dessa relíquia sagrada. Recém-lançado, “O Santo Sudário: testemunha da Paixão e da Ressurreição”, publicado por Minha Biblioteca Católica, oferece uma visão abrangente e atualizada sobre o tema em três partes: história, ciência e iconografia.
Segundo Matheus Bazzo, a leitura proporciona uma meditação profunda no sacrifício redentor de Nosso Senhor. “Somos conduzidos para uma jornada de fé, descoberta e reflexão. Esse é um livro fascinante, que certamente impactará e enriquecerá a fé de muitos católicos. Sua importância está na capacidade de unir ciência e fé em um diálogo profundo e significativo”, avalia o fundador da Minha Biblioteca Católica.
A obra investiga desde os testes científicos que iniciaram no começo do século 20 e chega até as mais recentes discussões sobre o teste de carbono-14. Cada aspecto é avaliado pelo autor, apresentando estudos com evidências convincentes em relação à autenticidade do Sudário de Turim. São explorados diversos detalhes, incluindo tipo de tecido, tridimensionalidade real da imagem e elementos presentes no material, como pólen.
Quaresma e jornada espiritual
O período de lançamento do livro no Brasil — durante a Quaresma — não foi uma coincidência. A obra busca oferecer uma nova perspectiva sobre a Paixão de Cristo ao longo destes 40 importantes dias do calendário litúrgico da Igreja, convidando os leitores a evoluírem em sua fé e devoção. “Esse livro é um recurso poderoso para nos ajudar em direção à santidade, propiciando a cada um de nós uma verdadeira experiência de intimidade com Deus. Somos chamados a uma compreensão renovada da nossa fé”, conclui Matheus Bazzo.
Confira trechos da obra:
“Nessa imagem integral e verdadeira que o Cristo redentor nos deixou de si mesmo, na mortalha de seu sepulcro, e que Ele como que a preparou para ser revelada ao mundo ao fim de uma era de ceticismo e incredulidade, em que sua divindade nunca foi tão negada, pode-se ver um penhor de renovação cristã para os tempos vindouros.”
“Quando João percebeu que o túmulo estava vazio, desceu os poucos degraus. A mortalha estava posta sobre o nicho, esticada sobre o banco talhado no calcário a 60 cm do chão, exatamente onde estava quando o túmulo foi fechado. Vista de cima, sua aparência assemelhava-se muito à de 36 horas antes, quando, como especificou João, o corpo fora envolto num tecido de linho, segundo a maneira de sepultar usada entre os judeus. O sudário que fora colocado sobre o rosto estava na mesma câmara, enrolado separadamente, formando um cone irregular com seu nó acima. Em suma, nesse pequeno espaço, não havia qualquer impressão de desordem ou de ordem artificialmente recriada. A Mortalha não tinha sido movida. Não tinha caído no chão, nem fora amarrotada depois de aberta. Estava simplesmente estendida, não mais deformada pela posição curvada da cabeça e pela contração dos joelhos”.
“No caso da Mortalha, que funcionou como um curativo, as manchas de sangue são visíveis na frente e no verso do tecido; o sangue, portanto, passou através dele e, em 36 horas, teve tempo suficiente para secar e colar a Mortalha às inúmeras feridas. Ao ser examinada a Mortalha, nenhuma das centenas de manchas apresenta borda irregular ou danificada. Há que se render às evidências: o corpo se desprendeu da Mortalha sem deixar o menor vestígio de separação. Esse caso impossível, evidentemente, não é reproduzível, mas, por outro lado, é extremamente fácil de ser verificado; basta examinar a Mortalha... isso está ao alcance de todos”.
“Longe de nós a ideia de que essa relíquia possa, por si só, provar a materialidade da Ressurreição, que é uma realidade física como um ato de fé – e que, portanto, só pode ser compreendido na plenitude da Revelação. No entanto, a Mortalha nos proporciona uma proximidade misteriosa e singular dela”.
Colaboração: Minha Biblioteca Católica e Critério
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