Jon Fosse, Prêmio Nobel de Literatura: escrever pode salvar vidas
Pope
“Sempre soube que escrever pode salvar vidas, talvez tenha salvado também a minha. E também se a minha escrita pudesse ajudar a salvar a vida de outras pessoas, nada me faria mais feliz".
Foi o que disse o escritor norueguês Jon Fosse, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 2023, durante seu discurso oficial no sede da Real Academia Sueca em Estocolmo, na quinta-feira, 7 de dezembro. Ali, no próximo domingo, terá lugar a cerimônia de entrega do prêmio na presença do Rei Carl XVI Gustaf da Suécia.
O escritor, que nas suas obras também aborda o tema do suicídio, referiu-se ao fato de ter ficado muito emocionado com os testemunhos de alguns dos seus leitores que lhe disseram que os seus escritos “simplesmente salvaram as suas vidas”. Jon Fosse, que se converteu ao catolicismo há cerca de dez anos depois de ter sido ateu e marxista, concluiu o seu discurso agradecendo a Deus.
As felicitações do Papa
O Papa Francisco, no passado dia 18 de outubro, enviou-lhe uma breve mensagem de felicitações divulgada no site da Igreja Católica na Noruega:
"Estou escrevendo para parabenizá-lo por ter recebido o Prêmio Nobel de Literatura de 2023 e para exprimir o meu apreço pelo seu gentil testemunho de fé e a sua voz literária comprometida, alcançarão agora um público amplo. De modo particular, estou confiante de que sua capacidade de evocar a graça,, a paz e o amor de Deus Todo-Poderoso no nosso mundo, tantas vezes obscurecido, enriquecerá certamente a vida daqueles que compartilham a peregrinação da fé. Assegurando lembrá-lo em minhas orações, invoco de bom grado sobre o senhor a abundância das bênçãos divinas".
Jon Fosse não esperava uma saudação pessoal do Papa Francisco e ficou maravilhado, feliz e comovido ao receber a mensagem, como se pode ler no site da Igreja Católica na Noruega.
Nascido em 1959 em Strandebarm, uma pequena cidade da Noruega, Jon Fosse escreveu romances, peças de teatro, poemas, ensaios e livros infantis. A motivação para o Prêmio Nobel sublinha a sua capacidade de dar voz ao que “não é exprimível” por meio da “prosa inovadora”. Suas obras, traduzidas para mais de quarenta idiomas, incluem "Melancolia", "Sleepless", "Ensaios Gnósticos", "Manhã e Noite", "O Outro Nome".
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