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L'Osservatore Romano

A Nicarágua afasta-se 鈥渃ada vez mais鈥� do estado de direito e, em particular, 鈥渄as liberdades fundamentais, agravando o sofrimento das pessoas, alimentando o êxodo dos jovens e minando o futuro das instituições democráticas鈥�.

Este é o quadro traçado pela Alta Comissária adjunta para os Direitos Humanos da ONU, Nada Al-Nashif, que em Genebra atualizou o organismo sobre a situação do país centro-americano.

Descrevendo-se como 鈥渄esanimada鈥�, Al-Nashif denunciou que as autoridades de Manágua continuam a 鈥減erseguir aqueles que podem contribuir com uma visão alternativa para a esfera pública, como líderes políticos e indígenas, membros da Igreja Católica, ativistas e jornalistas鈥�. Neste contexto 鈥� sublinhou 鈥� continuam as 鈥渞estrições ao espaço cívico, com repetidos casos de detenções arbitrárias contra aqueles que exercem as suas liberdades fundamentais鈥�.

Na terça-feira, 19, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CIRC, sigla em inglês) também anunciou o fim de sua missão humanitária na Nicarágua 鈥渁 pedido鈥� do governo de Manágua, conforme informou em nota. O escritório na capital já fechou.

Em maio passado, o Parlamento, controlado pela Frente Sandinista do presidente Daniel Ortega, havia aprovado por unanimidade a dissolução da Cruz Vermelha, ativa desde 1931, sob a acusação de ter violado a neutralidade em manifestações antigovernamentais. No entanto, a representação regional do CIRC (Comitê Internacional da Cruz Vermelha - International Committee of the Red Cross) para o México e a América Central reiterou a sua 鈥渄isposição para retomar o diálogo e a ação humanitária na Nicarágua鈥�.