Buscar alternativas ao despejo de ¨¢gua radioativa de Fukushima no oceano
Cresce a oposição ao despejo de água contaminada radioativa da usina nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico. Doze anos anos após o acidente na usina nuclear decorrrente do terremoto de magnitude 9.1 - estimada por especialistas como a contaminação radioativa mais grave da história da humanidade - a usina está fazendo os últimos preparativos para o lançamento de mais de um milhão de toneladas de águas residuais radioativas no Oceano Pacífico.
A operadora da usina, a Tokyo Electric Power Company (TEPCO), afirma ter concluído o processo para diluir as águas residuais contendo o isótopo radioativo trítio com água do mar. O governo japonês, que contratou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para garantir a segurança dos procedimentos de descarga, vai definir uma data de liberação para as águas. Nestes dias o chefe da Agência Nuclear das Nações Unidas, Rafael Mariano Grossi, está no Japão para se encontrar com líderes do governo e auxiliar nos preparativos finais para o lançamento de águas residuais radioativas no mar.
A água radioativa tratada, armazenada em cerca de 1.000 tanques com capacidade aproximada de 1,37 milhão de toneladas, deve ser liberada para permitir que a usina seja desativada. De acordo com o governo, a água tratada após a diluição é inofensiva para as pessoas e para a vida marinha, mas a liberação planejada continua a dividir a comunidade internacional, preocupando as empresas locais em Fukushima e alimentando temores na indústria pesqueira do Japão.
Entre os inúmeros pareceres negativos e alarmes levantados nas últimas semanas, a nível nacional e internacional, o governo chinês pediu a suspensão do plano, que qualificou como "extremamente irresponsável", instando o Japão a "levar a sério as preocupações quer internacionais quanto internas". Preocupações também foram manifestadas pela Coreia do Sul, que não pretende remover as restrições à importação de produtos pesqueiros de Fukushima e de outras oito províncias japonesas. Em abril passado, o "Centro de Monitoramento de Radiação" e a "Federação Coreana de Movimentos Ambientais" divulgaram um relatório após a realização de inspeções de produtos agrícolas e pecuários, confirmando extensa contaminação radioativa em vários tipos de produtos alimentícios, como produtos marinhos, produtos agrícolas, produtos de origem animal, alimentos processados.
¡°Na era da crise climática, neste momento em que estamos contemplando e trabalhando juntos para a transição rumo a um mundo sustentável, o despejo de água radioativa de Fukushima no oceano é uma ameaça ao ecossistema de nossa Casa comum, a terra. Ao mesmo tempo, é rompida a ordem do mundo, criado por Deus Criador", afirma um comunicado assinado pela "Comissão para o Meio Ambiente Ecológico" e pela "Comissão de Justiça e Paz" da Conferência Episcopal Católica de Coreia do Sul que, juntamente com um grupo de mais de 45 organizações diocesanas e da sociedade civil coreana, lançaram um apelo, propondo ¡°buscar ativamente caminhos alternativos ideais¡±.
O fórum pede ao Japão "que divulgue todos os dados de forma transparente e faça o melhor possível para resolver o problema, reunindo sabedoria e força de países vizinhos amantes da paz e pessoas de todo o mundo com uma atitude mais aberta".
"O acidente da usina nuclear de Fukushima - afirmam - está espalhando poluição ambiental na Terra, que está atualmente em andamento. Portanto, a fim de eliminar o risco de acidente e o risco de lixo nuclear em nível elevado, a Coreia e o mundo inteiro devem se engajar ativamente na transição a energias renováveis ??amigas do ambiente".
*Com Agência Fides
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