Comunidade Papa Jo?o XXIII: casas de acolhimento a deficientes evacuadas na It¨¢lia
Andressa Collet - Pope
Na região norte da Itália, onde encontramos a Emilia-Romagna, as inundações não dão trégua nestes dias nem mesmo às associações beneficentes, como a de caráter pontifício, a . "Ninguém esperava um desastre como esse. Estávamos esperando a chuva, mas nunca teríamos pensado naquilo que aconteceria", afirma Andrea Bendandi, responsável pela casa de acolhimento na cidade de Faenza, que teve o andar térreo completamente inundado pela água. Já o administrador do local, Giovanni Belosi, explica que "a geladeira estava flutuando. Somos 8 pessoas, três delas com deficiências graves. Sabemos que as equipes de resgate estão fazendo o máximo possível, mas há muitos pedidos".
A comunidade terapêutica de Albareto, perto de Faenza, também está debaixo d'água. Os 13 jovens hóspedes foram evacuados durante a noite graças à intervenção de dois helicópteros, numa casa com água que já superava dois metros e meio de altura. Andrea Negri, responsável pela estrutura, conta que "no andar térreo, tudo foi completamente destruído, a geladeira flutuava e os carros e o micro-ônibus estavam submersos".
Já na Vila da Alegria, na cidade de Forlì, tem água a poucos metros das casas. A Cabana de Belém, na mesma cidade, um abrigo para os moradores de rua tem água por todo o redor. As duas casas para refugiados nos Apeninos estão completamente isoladas por causa de deslizamentos de terra: falta luz em várias instalações. A comunidade terapêutica de Bagnile, em Cesenate, está inacessível porque se tornou uma ilha em meio a um grande lago. Uma casa de acolhimento em Rimini teve todo o andar térreo inundado e foi evacuada e abrigada em outra instalação da associação, a Colônia Stella Maris.
Todo o território da Emilia-Romagna está sem luz, sem água e sem gás, confirma Luca Luccitelli, um dos expoentes da Comunidade Papa João XXIII. "As situações mais graves estão em Faenza, Forlì e Cesena, mas todas as nossas casas sofreram grandes danos. Aqueles que não têm água em suas casas têm água por toda parte, com rotas de acesso intransitáveis", finalizou ele.
O apoio da Caritas
Para lidar com a emergência causada pelo mau tempo, toda a rede de agências diocesanas da Caritas foi ativada desde as primeiras horas do desastre, como explica Mario Galasso, diretor da Caritas de Rimini:
"A situação é muito complicada: em Forlì e Ravenna, os diretores da Caritas coordenaram com a Prefeitura e a Proteção Civil o fornecimento de cobertores e produtos de primeira necessidade aos evacuados, para os quais foram identificados vários centros de coleta. Há uma grande solidariedade também por parte das delegações de outras regiões. Todos estão tentando fazer sua parte para receber as famílias e proporcionar o conforto necessário às pessoas nas áreas inundadas".
O senso de comunidade na emergência
"Esses são momentos de grande tensão também porque temos alguns operadores e diretores da Caritas que estão em dificuldades por causa da emergência, como também é o caso do bispo de Forlì, que ficou preso no seminário", continua Galasso. "Apesar de todas as dificuldades, quero destacar o forte compromisso de todos em sentir a comunidade; em fazer comunidade, fazer fraternidade, como diria o Papa Francisco. Devemos fazer tudo o que pudermos para fazer nossa parte e tentar ajudar as pessoas para que elas não se sintam sozinhas e abandonadas. Nosso compromisso também é tentar aliviar as preocupações e os medos".
No que diz respeito aos danos, há também a inundação dos empórios e armazéns da Caritas em Forlì e Reggio Emilia, que ficaram completamente alagados e estavam cheios de gêneros alimentícios e bens de primeira necessidade. "Agora, porém", conclui ele, "a prioridade é ficar perto das comunidades.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp