ÃÛÌÒ½»ÓÑ

Na Villa Borghese, em Roma, a Terra festeja com esporte, debates e música

Muitos jogos, diversão, mas também educação para todas as idades no domingo, 23 de abril, de sol esplêndido na Aldeia da Terra, organizada pelo Earth Day ±õ³Ùá±ô¾±²¹ (Dia da Terra ±õ³Ùá±ô¾±²¹), com atividades organizadas por associações esportivas e voluntárias italianas e internacionais. No Galoppatoio e na Esplanada do Pincio a iniciativa prossegue até 25 de abril com mais de 600 eventos para recordar o compromisso de todos no cuidado do grande dom da Criação.

Pope

“A atenção à Criação nos ajuda a vencer a pandemia do egoísmo. Precisamos tocar a Criação para entender que sozinhos morremos, enquanto juntos vencemos todos os desafios.â€

Foi o que disse o bispo auxiliar de Roma, dom Baldassare Reina, vice-gerente da diocese, falando ao vivo no estúdio móvel da Rádio Vaticano - Pope montado na Esplanada do Pincio, na Villa Borghese, em Roma, um dos lugares da Aldeia da Terra, aberta até terça-feira, 25 abril. A diocese de Roma uniu-se à iniciativa com a pastoral juvenil e com a pastoral do esporte, do lazer e do entretenimento.

Segundo o bispo, "muitos jovens animaram vários eventos com cantos, momentos de festa e com algumas reflexões muito interessantes". "É bom ver – prossegue o prelado – este duplo pulmão da nossa diocese, como observar tantos jovens que, embora não abraçando a fé cristã, sentem a necessidade de cuidar da Criação". Portanto, "a perspectiva do cristão é a de alguém que, do alto, consegue cuidar" do ambiente que o rodeia, "mas não podemos esquecer que nem sempre houve a devida atenção, mesmo por parte do fiel. O Papa Francisco a recolocou no centro, com a Laudato si', convidando todos a uma responsabilidade pessoal pelo bem comum".

Um bom desafio

Cada pessoa, cristã ou não cristã, é chamada a dar testemunho. Ela pode e deve ser a primeira a iniciar esse percurso virtuoso para alcançar aquela ecologia integral à qual o Papa nos chama: Roma é, portanto, anfitriã de um evento global, mas a cidade é a primeira a ser chamada a percorrer esse caminho positivo. “Sou de Agrigento, sou vice-gerente aqui em Roma desde janeiroâ€, explicou dom Reina. “Cerca de um milhão de pessoas chegam à cidade todos os dias, incluindo turistas e pessoas que moram fora da cidade. Muitas culturas que coexistem. Isso não é fácil, a convivência apresenta muitas contradições, muitos cidadãos vivem abaixo do limiar da dignidade e também da pobreza. Mas há uma riqueza do ponto de vista da caridade, do bem que é muito edificante. Vivo esta experiência como um grande desafio, estou muito feliz por estar a serviço da Diocese de Roma, a diocese do Papaâ€.

Vencer o isolamento

Quando falamos de meio ambiente, de luta contra as mudanças climáticas, muitas vezes pensamos nos rostos dos jovens, daqueles que estão na linha de frente dessa missão. O Papa recordou como é importante o diálogo intergeracional para alcançar o verdadeiro desenvolvimento, o encontro entre netos e avós é, neste sentido, fecundo e, de modo mais geral, a escuta recíproca favorece o crescimento da pessoa e consequentemente da comunidade. “Acredito que a cultura desta época precisa desmantelar um grande perigo: o isolamento. A solidão é um problema sério aqui em Roma, esse isolamento é assustador. A diocese está se empenhando muito nesse sentido, reunindo o cuidado dos jovens, dos deficientes e dos doentes. Estamos trabalhando para uma mudança de mentalidade, estou confiante que iremos obter resultados".

Após a oração do Regina Coeli, do domingo 23 de abril, o Papa Francisco recordou o Dia Mundial da Terra celebrado no sábado 22 de abril.

“Faço votos para que o compromisso de cuidar da criação seja sempre acompanhado por uma solidariedade eficaz para com os mais pobres.â€

O cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo dos Bispos, visitou a Aldeia da Terra montada na Villa Borghese, em Roma, por ocasião do 53º Dia Mundial dedicado ao planeta que sofre. O cardeal celebrou a missa na presença de muitos visitantes. Em seguida, visitou o estúdio móvel da Rádio Vaticano-Pope, onde comentou numa entrevista a iniciativa da Aldeia pela Terra.

Trabalhar com sinodalidade

â€œÉ verdade que existem muitos desafios na sociedade de hoje, dentre eles está a relação com a Terra, com a naturezaâ€, disse o cardeal Grech. Todavia, sublinhou, "há também muita esperança, porque se conseguirmos abraçar uma dimensão não individualista, mas comunitária, passando "do eu para nós" perante as dificuldades, então a Terra se torna mais bonita do que é". “Este ensinamento – recordou Grech – chega até nós das primeiras comunidades cristãs que passaram da lógica de 'poucos' para a de 'todos', com a intenção de ajudar as categorias mais necessitadas. Ainda hoje podemos seguir este paradigmaâ€. E esta é a proposta do Papa Francisco que oferece a todos o tema da sinodalidade, tema que o Pontífice propõe “não só à Igreja, mas também a toda a humanidadeâ€.

Caminhar juntos

“Sinodalidade significa caminhar juntos, escutar a todos, escutar o Espírito. A Igreja, por vontade do Papa, está seguindo o caminho do Sínodo universal, escutando o clamor de todo o povo de Deusâ€, disse o cardeal. Sobre todos os aspectos recolhidos será elaborado um documento que estará no centro do Sínodo dos Bispos.

Escutar o Espírito de Deus

A sinodalidade, porém, recordou Grech, não é apenas "uma escuta pura e simples, mas é escuta do Espírito de Deus", que fala também por meio de todos os homens, especialmente dos batizados. O conceito de sinodalidade, observou, deve ser interpretado junto com o de fraternidade. “Não são apenas termos evangélicos, mas realidades que pertencem a toda a natureza humana, como necessidades indispensáveis ​​de todo ser humano: ser acompanhado e acompanhar o nosso próximoâ€. Não é um caminho simples, concluiu o cardeal, porque “para escutar o outro é preciso se libertar dos próprios pontos de vista para compreender plenamente a realidade alheia que se apresenta a nósâ€. Por fim, uma última recomendação: "Ninguém está sozinho, ninguém se salva sozinho e todos nós temos algo de bom e bonito que podemos compartilhar uns com os outros".

Salvaguardar o grande dom da Criação

O prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, cardeal José Tolentino de Mendonça, visitou os estandes da Aldeia da Terra e conversou com alguns dos animadores e protagonistas do grande espaço ao ar livre situado entre a Esplanada do Pincio e o Galoppatoio da Villa Borghese, em Roma. Um espaço onde o meio ambiente, o cuidado, o respeito e a cultura ecológica estão em primeiro plano até 25 de abril, por ocasião do 53º Dia Mundial da Terra intitulado "Invista no nosso planeta", celebrado no sábado, 22 de abril.

Na Itália, a Aldeia da Terra é promovida pelo Earth Day Itália e pelo Movimento dos Focolares com o objetivo de sensibilizar instituições, governos e opinião pública sobre a questão cada vez mais crucial do meio ambiente.

Mais de 600 eventos estão sendo realizados na Villa Borghese, no coração verde de Roma, até terça-feira 25 de abril, oferecendo a oportunidade, nas mais diversas línguas, de recordar o compromisso de salvaguardar o grande dom da Criação. “Um desafio que diz respeito a todosâ€, sublinhou o cardeal José Tolentino de Mendonça nos microfones do Pope, visitando a Aldeia da Terra no primeiro dia. Acompanhado pelos organizadores, o prefeito do dicasério vaticano recordou a visita do Papa Francisco, em 2016, à Aldeia da Terra, e destacou a palavra “profeciaâ€.

Veja e ouça o cardeal  a propósito da Aldeia da Terra.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp

24 abril 2023, 10:06