Francisco: basta com o ódio. Na dor, unamo-nos e ajudemos Turquia e í
Pope
"É hora de compaixão, é hora de solidariedade. Chega de ódio, chega de guerras e divisões que levam à autodestruição. Unamo-nos na dor, ajudemos quem sofre na e , construamos a paz e a fraternidade no mundo."
Novo apelo do Papa Francisco à comunidade internacional, depois da tragédia que atingiu as populações dos dois países, devastadas pelo violento terramoto de segunda-feira. Mais uma vez, o Pontífice conta com sua conta no Twitter @Pontifex, em nove idiomas, para difundir uma mensagem de encorajamento pela paz, a partir da tragédia, e de proximidade com todas as pessoas afetadas. Na quarta-feira, ao final da Audiência Geral, Francisco já havia dito: “Encorajo todos a se solidarizarem com estes territórios, em parte já martirizados por uma longa guerra”.
Corrida contra o tempo em busca de sobreviventes
O número de mortos do catastrófico terremoto que atingiu a Turquia e a Síria ultrapassou os 22.000, à medida que mais corpos foram retirados dos escombros de casas desmoronadas na zona atingida. A Autoridade de Gestão de Emergências e Desastres da Turquia (AFAD) informou na manhã desta sexta-feira que o número de mortos no país aumentou para 19.338, com o número de feridos superando os 75 mil. Também foi informado que 75.780 vítimas foram evacuadas da zona do terremoto no sul da Turquia e que mais de 121.000 pessoas estiveram envolvidas nos esforços de resgate e socorro. Ademais, houve 1.509 tremores secundários desde o tremor de magnitude 7.8 na noite entre domingo e segunda-feira. Na Síria os mortos são mais de 3 mil.
Cerca de 24,4 milhões de pessoas na Síria e na Turquia foram afetadas, segundo autoridades turcas e as Nações Unidas, em uma área de aproximadamente 450 km (280 milhas) de Adana, no oeste, a Diyarbakir, no leste. Na Síria, pessoas foram mortas até Hama, a 250 km do epicentro.
Na quinta-feira as equipes de resgate retiraram mais sobreviventes dos escombros de prédios desabados, mas a esperança de encontrar um número muito maior de pessoas com vida começam a desaparecer depois de três dias. É uma corrida contra o tempo. As temperaturas gélidas pioram o cenário.
Especialistas afirmam que a janela de sobrevivência para aqueles presos sob os escombros ou incapazes de obter necessidades básicas estava se fechando rapidamente. Ao mesmo tempo, disseram que era muito cedo para abandonar a esperança. "As primeiras 72 horas são consideradas críticas", disse Steven Godby, especialista em perigos naturais da Nottingham Trent University, na Inglaterra. A média de sobrevivência nas primeiras 24 horas é de 74%, após 72 horas cai para 22% e no quinto dia é de apenas 6%.''
Em muitas localidades, as estradas danificadas pelos tremores dificultam a chegada de ajudas, mas os próprios moradores se organizam e fazem o que podem para remover destroços, além de ajudar as equipes de resgate. O terremoto também destruiu a pista do aeroporto de Hatay, uma das cidades mais atingidas, interrompendo ainda mais a resposta de socorro.
Equipes de emergência que trabalhavam durante a noite na cidade de Antakya, conseguindo retirar uma jovem das ruínas de um prédio e resgatando seu pai com vida duas horas mais, informou a agência de notícias IHA.
Em Diyarbakir, a leste de Antakya, socorristas resgataram nas primeiras horas da manhã uma mulher ferida que estava sob um prédio desabado. Ela estava próxima a três pessoas que não conseguiram sobreviver, informou a agência de notícias DHA.
Em Antakya, ex-residentes de um prédio desabado se amontoaram em torno de uma fogueira ao ar livre durante a noite de quinta-feira, enrolando-se em cobertores para tentar se aquecer.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, visitou ma quarta-feira a província de Hatay. Os moradores criticaram os esforços do governo, dizendo que as equipes de resgate demoraram a chegar. De acordo com a agência de gerenciamento de desastres, mais de 110.000 equipes de resgate estavam participando do esforço e mais de 5.500 veículos, incluindo tratores, guindastes e escavadeiras foram enviados. No entanto, a tarefa é monumental diante de milhares de prédios desmoronados.
Além das ajudas internacionais, testemunha-se uma grande mobilização e solidariedade das população turca. Em Ankara, capital do país, centenas de voluntários, a maioria jovens, organizam as doações de roupas e mantimentos, que não param de chegar. Depois de colocados em caminhões, são enviados às áreas atingidas.
*Última atualização às 16h17 desta sexta-feira
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