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“Uma série de inundações está devastando numerosas áreas de Serra Leoa, deixando mais de 10.000 pessoas desabrigadas”. A notícia foi veiculada pela Caritas Freetown, que, em um comunicado à Agência Fides, fez um balanço inicial das vítimas e prejuízos em 18 comunidades na região oeste de Serra Leoa.

O Padre Peter Konteh, Diretor Executivo da Caritas Freetown, diz: “Compartilhamos nossa avaliação inicial com parceiros de confiança para fins de colaboração. Os desastres naturais mais graves foram registrados pelas chuvas torrenciais dos últimos dias, causando muitos prejuízos: vítimas, feridos, desabrigados, casas submersas na lama, postes de eletricidade caídos. Por isso, há necessidade urgente de materiais para mulheres grávidas, crianças e pessoas doentes, que não têm nenhuma ajuda; são necessários também cobertores, colchões, roupas, calçados, detergentes e itens básicos de primeiros socorros. Temos que dar um teto, com urgência, aos desabrigados pelas enchentes e deslizamentos de terra, cujas casas estão submersas na lama”.

“Os moradores das favelas, que vivem nas encostas, são os mais atingidos”, disse ainda o Padre Konteh, que atribui os frequentes desastres naturais em Serra Leoa à destruição do meio ambiente e à escassez de moradias na região: “Muitas casas foram construídas em lugares errados, que impedem o fluxo natural das águas das chuvas. Todos estes desastres naturais são causados também pelo desmatamento maciço, que deixou a terra suscetível a inundações”.

Segundo uma pesquisa, realizada pela Caritas Freetown, os bairros das periferias de Culvert têm enormes acúmulos de lixo nas ruas, que causam doenças e malária, sobretudo, durante as chuvas torrenciais. Apesar dos inúmeros dados compartilhados pela Caritas Freetown, está sendo feito muito pouco pelo governo para uma solução sustentável.

(com Fides)