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Medina Ahmed, deslocada de Konaba, senta-se ao lado de crianças em um complexo de prédios abandonados que abriga deslocados, perto da cidade de Dubti, a 10 quilômetros de Semera, na ·¡³Ù¾±Ã³±è¾±²¹. Mais de um milhão de pessoas precisam de ajuda alimentar na região de acordo com o Programa Alimentar Mundial. (Foto de EDUARDO SOTERAS/AFP) Medina Ahmed, deslocada de Konaba, senta-se ao lado de crianças em um complexo de prédios abandonados que abriga deslocados, perto da cidade de Dubti, a 10 quilômetros de Semera, na ·¡³Ù¾±Ã³±è¾±²¹. Mais de um milhão de pessoas precisam de ajuda alimentar na região de acordo com o Programa Alimentar Mundial. (Foto de EDUARDO SOTERAS/AFP) 

Tigrínios ameaçados pela fome e doenças causadas pela guerra

Atualmente, os bens de primeira necessidade e serviços básicos não estão disponíveis no mercado ou são pouco acessíveis para a maioria da população. Além do mais, a falta de combustível e recursos financeiros, associada às sanções impostas pelo governo federal da ·¡³Ù¾±Ã³±è¾±²¹, diminuiu a distribuição de ajudas humanitárias em vários distritos e cidades da região do Tigré.

“Exorto, mais uma vez, todos os parceiros que continuem a dar ajuda humanitária às pessoas afetadas pela guerra no Tigré (Tigray), de modo a responder conjuntamente à imensa necessidade do povo tigríniosâ€.

Este é o premente apelo do diretor diocesano do Secretariado Católico de Adigrat, Abba Abraha Hagos, (ADCS), em nota enviada à Agência Fides.

A partir de 21 de junho de 2022, após a trégua humanitária, promovida pelo primeiro ministro, Abiy Ahmed, - graças à qual a população teve um mínimo de acesso aos gêneros alimentícios, remédios e outros poucos serviços, - o transporte aéreo voltou a ser paralisado, piorando, como consequência, a situação dos tigrínios.

Atualmente, os bens de primeira necessidade e serviços básicos não estão disponíveis no mercado ou são pouco acessíveis para a maioria da população. Além do mais, a falta de combustível e recursos financeiros, associada às sanções impostas pelo governo federal da Etiópia, diminuiu a distribuição de ajudas humanitárias em vários distritos e cidades da região do Tigré.

Todos os serviços básicos, como telecomunicações, internet, atividades bancárias, transporte e conexões entre o Tigré e outras regiões da Etiópia, também estão bloqueados.

Os contínuos assédios da região por parte do Governo Federal da Etiópia, estão isolando a população do Tigré do resto do mundo, há mais de 600 dias. Milhões de pessoas, segundo o comunicado, estão expostas a uma grave desnutrição, fome e escassez; todas essas pessoas vivem em centros de deslocados, no interior de várias cidades, vilas e áreas rurais do Tigré, sem comida, sem teto e sem água, remédios e outras necessidades básicas, levando-as ao desespero, doenças e morte.

Por isso, o diretor Abba Abraha Hagos convida todos os parceiros e organizações humanitárias a “dar voz à população do Tigré, para que tenham acesso ilimitado às ajudas humanitárias, através do transporte aéreo e terrestre, e lhes seja garantido o direito de uma vida digna e seguraâ€. Segundo ele, a situação é dramática, a ponto de se tornar uma ameaça existencial para a população da região etíope do Tigré".

Desde janeiro de 2021, a Igreja Católica na Etiópia, juntamente com o Secretariado Católico Diocesano de Adigrat (ADCS) e as Congregações religiosas que atuam na Eparquia católica de Adigrat, estão comprometidas com em atender as necessidades prioritárias da população afetada pela guerra. Graças ao apoio financeiro e material, os programas de resposta às emergências do Secretariado salvaram a vida de centenas de milhares de pessoas.

No entanto, embora o Secretariado diocesano de Adigrat e as Congregações religiosas estejam angariando fundos e mobilizando os recursos de diferentes parceiros, o assédio ininterrupto da região do Tigré continua a influir sobre a atuação de tais programas e a limitar os esforços para se chegar aos mais necessitados.

*Com Agência Fides

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13 julho 2022, 11:17