Na پó辱, seca agrava situação humanitária de quase 10 milhões de pessoas
As regiões de Afar, Oromia, Nações, Nacionalidades e Povos do Sul (SNNPR) e Somalis, na Etiópia, estão passando por uma grave seca devido à falta de chuvas por quatro temporadas consecutivas. Os poços de água secaram e milhares de cabeças de gado morreram, provocando um deslocamento em massa.
Manuel Fontaine, diretor das Operações de Emergência do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), declarou que "o impacto da seca sobre as crianças é devastador. Somente na região da Somália, quase um milhão de pessoas emigraram. A seca não se refere apenas à falta de água: crianças morrem de fome e de sede todos os dias e são obrigadas a percorrer quilômetros a pé em busca de comida e água; muitas vezes, para matar sua sede, até bebem água de fontes contaminadas, o que causa desnutrição e outras doenças mortais evitáveis, como a diarreia”.
O índice de desnutrição na Etiópia está aumentando de forma alarmante devido à seca. Em quatro regiões etíopes, estima-se que cerca de 600 mil crianças precisarão de tratamento para a desnutrição aguda até o final do ano. Na região da Somália, em um ano, houve um aumento de quase 45% de hospitalizações de menores de 5 anos, devido à sua grave desnutrição.
“Esta crise causada pelo clima – afirmou ainda Manuel Fontaine – provoca uma profunda desnutrição nas crianças, não apenas na Etiópia, mas em toda a África. No entanto, o UNICEF e seus parceiros continuam a atuar nestas regiões, dando apoio nutricional para salvar milhares de crianças, gravemente desnutridas. Somos muito gratos pela recente contribuição de 200 milhões de dólares que USAID (Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional) ofereceu ao UNICEF. Este financiamento, que, em geral, representa um avanço muito oportuno, contribui, sobremaneira, para aumentar nossa ajuda nutricional no mundo inteiro".
O efeito cascata da guerra na Ucrânia leva milhares de famílias africanas ao limite da exacerbação, piora a insegurança alimentar, aumenta os preços dos combustíveis e reduz as importações de trigo. A Etiópia importa 67% do trigo da Rússia e Ucrânia.
“Isso significa – conclui Manuel Fontaine - que os preços de óleo de cozinha, pão e farinha de trigo estão atingindo preços recordes nos mercados; também as famílias, que não vivem em situação de crise humanitária, não conseguem mais suprir suas necessidades alimentares diárias”.
Por isso, o UNICEF faz seu premente apelo para enfrentar a seca nas áreas atingidas na Etiópia: são necessários 65 milhões de dólares; a questão humanitária em geral precisa de 351 milhões. Estes financiamentos específicos servirão para assistir mais de 2 milhões de pessoas vulneráveis na Etiópia.
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