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"O crime de agressão da Rússia contra a Ucrânia mostrou ao mundo os efeitos devastadores da guerra sobre a população civil ucraniana, sobre a liberdade de expressão na Rússia, e sobre a própria arquitetura internacional dos direitos humanos."

É o que ressalta esta terça-feira, 5 de abril, a Anistia Internacional, fazendo um balanço pouco mais de um mês após o início dos bombardeios: "Quase 4 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia, mais de 6 milhões foram deslocadas internamente e a repressão das autoridades russas contra aqueles que expressam sua discordância em relação à guerra levou até agora a mais de 14 mil detenções".

Atuação da Anistia Internacional

Desde o início da invasão, a Anistia tem feito campanha pelo estabelecimento e pleno respeito de corredores humanitários seguros para civis; está verificando e documentando crimes como ataques indiscriminados à população na Ucrânia, suspeitas de ataques ilegais que destruíram ou danificaram infraestrutura civil como hospitais e escolas, e o uso de armas proibidas por convenções internacionais como bombas de fragmentação, a fim de facilitar a justiça internacional e levar os responsáveis à justiça.

A organização também está monitorando e denunciando a prisão de dissidentes nas praças russas e a censura imposta pelo Kremlin aos meios de comunicação e à opinião pública contrários à guerra.

Mais de 60 anos de luta em defesa dos direitos humanos

"A invasão militar russa da Ucrânia é um ato ilegal que viola flagrantemente o direito internacional e os direitos humanos", afirma o porta-voz da Anistia Internacional Itália, Riccardo Noury. A Anistia também lançou um apelo mundial ao governo russo, exortando-o a respeitar o direito internacional, a proteger os civis e a parar a agressão contra a Ucrânia.

A organização vem lutando pela defesa dos direitos humanos há mais de 60 anos, e com sua campanha #Amnestyisyou está pedindo às pessoas que doem seus 5×1000 para apoiar seu trabalho nos 71 países em que opera.

Os cinco por mil (5X1000) é uma parte do IRPEF (imposto de renda de pessoa física), que o Estado italiano distribui para apoiar as organizações que realizam atividades socialmente relevantes. O pagamento fica a critério do cidadão-contribuinte, contextualmente à sua declaração do imposto de renda.

(com Sir)