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Arcebispo de Trujillo e presidente da Confer¨ºncia Episcopal Peruana, dom H¨¦ctor Miguel Cabrejos Vidarte, OFM Arcebispo de Trujillo e presidente da Confer¨ºncia Episcopal Peruana, dom H¨¦ctor Miguel Cabrejos Vidarte, OFM

Peru. Dom Cabrejos: direito ao protesto ¨¦ leg¨ªtimo, mas a ±¹¾±´Ç±ô¨º²Ô³¦¾±²¹ deve ser condenada

No ?mbito da greve nacional por tempo indeterminado de transportadores de cargas pesadas e agricultores, irrompeu o caos em Huancayo, na regi?o central do pa¨ªs. A sede do governo provincial tamb¨¦m foi atacada, e houve confrontos com a pol¨ªcia. O balan?o foi de tr¨ºs mortos, incluindo um menor, e 22 presos. O motivo do protesto ¨¦ o aumento do pre?o dos combust¨ªveis e dos produtos agr¨ªcolas. Em sua mensagem, dom Cabrejos Vidarte lan?a um apelo a rejeitar o uso da ±¹¾±´Ç±ô¨º²Ô³¦¾±²¹ e a promover o di¨¢logo

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"A Igreja reconhece o direito legítimo de protestar, assegurado em nossa Constituição política (artigo 2), e condena a violência expressa no bloqueio das ruas porque impede a livre circulação de pessoas e o transporte de víveres. A alimentação de todo ser humano é um direito que deve ser garantido."

Foi o que afirmou o arcebispo de Truillo e presidente da Conferência Episcopal Peruana, dom Héctor Miguel Cabrejos Vidarte, OFM, numa mensagem intitulada "O diálogo e a prevenção de conflitos são o caminho para o bem comum", divulgada no sábado, 2 de abril, após os incidentes que eclodiram em Huancayo.

Caos em Huancayo

No âmbito da greve nacional por tempo indeterminado de transportadores de cargas pesadas e agricultores, em seu quinto dia, na sexta-feira, 1º de abril, irrompeu o caos em Huancayo, departamento de Junín, na região central do país.

De acordo com informações fornecidas à agência missionária Fides, após o meio-dia centenas de pessoas provocaram violências, saques e agressões em várias partes da cidade. Os negócios foram forçados a fechar, assim como os principais mercados, após ataques com pedras.

Confrontos resultaram e 3 mortos e 22 presos

A sede do governo provincial também foi atacada, e houve confrontos com a polícia. O balanço foi de três mortos, incluindo um menor, e 22 presos. O motivo do protesto, que bloqueou várias rodovias nacionais, foi o aumento do preço dos combustíveis e dos produtos agrícolas.

Na tarde de sábado, 2 de abril, representantes dos sindicatos e do governo, que foram até Huancayo, concordaram em suspender os protestos. A maioria dos trabalhadores dos transportes assinou o acordo, outros setores se opuseram, como o sindicato dos agricultores, que deu ao governo cinco dias para responder às suas reivindicações.

No domingo, 3 de abril, o governo do Peru decretou a isenção temporária do imposto sobre combustíveis. Além disso, uma sessão descentralizada do Conselho de Ministros está programada para se realizar em Junin, na quinta-feira, 7 de abril.

Apelo a rejeitar a violência, venha de onde vier

Em sua mensagem de 2 de abril, o arcebispo Cabrejos Vidarte lança um apelo "a rejeitar o uso da violência, venha de onde vier, e a promover o diálogo". Em seguida, enfatiza: "Compartilhamos as preocupações da população com o aumento exagerado do preço dos alimentos básicos, causado pelo aumento internacional dos preços do petróleo (guerra na Ucrânia) e também por fatores nacionais como a instabilidade política".

Por fim, lembrando que os conflitos sociais e os consequentes surtos de violência são uma constante no país, o presidente dos bispos peruanos convida a se agir de modo preventivo e não como reação.

"Esperamos que a apropriada identificação das controvérsias permita evitar episódios de violência como os que vimos esta semana em diferentes áreas do país", conclui dom Cabrejos Vidarte, pedindo a ajuda de Jesus Cristo, "o Deus da vida e da paz", na busca de caminhos de entendimento e de respeito.

(com Fides)

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05 abril 2022, 11:55