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Homens carregam um saco de trigo durante uma distribui??o de alimentos do Programa Mundial de Alimentos (PMA) para deslocados internos (IDP) em Debark, a 90 quil?metros da cidade de Gondar, na ·¡³Ù¾±¨®±è¾±²¹. (Foto de Amanuel Sileshi/AFP) Homens carregam um saco de trigo durante uma distribui??o de alimentos do Programa Mundial de Alimentos (PMA) para deslocados internos (IDP) em Debark, a 90 quil?metros da cidade de Gondar, na ·¡³Ù¾±¨®±è¾±²¹. (Foto de Amanuel Sileshi/AFP) 

Carestia devido ¨¤ guerra pode matar milh?es na ·¡³Ù¾±¨®±è¾±²¹. Apelo urgente por ajuda

"Neste momento cr¨ªtico, pedimos desesperadamente ¨¤ comunidade internacional que tome medidas r¨¢pidas para salvar milh?es de pessoas da morte no Tigray, antes que atinja um n¨ªvel irrevers¨ªvel", ¨¦ o apelo ¨¤ comunidade internacional o bispo da Eparquia cat¨®lica de Adigrat, Dom Tesfaselassie Medhin.

¡°As ajudas que conseguem chegar, depois da trégua militar promovida pelo primeiro-ministro Abiy, não está mudando a vida das pessoas sitiadas, faltam ainda todos os serviços básicos. Alimentos, remédios, todas as formas de comunicação, os salários estão suspensos, os bancos fechados, não há livre circulação de e para Tigray¡±.

É o que denuncia o bispo da Eparquia católica de Adigrat, Dom Tesfaselassie Medhin, ao comentar a devastadora guerra genocida que está em andamento na região etíope desde 3/4 de novembro de 2020.

Por meio de uma carta pastoral enviada à Agência Fides, o eparca dirige-se a todos os parceiros da comunidade internacional e agências das Nações Unidas e lança um apelo por uma rápida intervenção de ajuda humanitária em favor de milhões de pessoas que estão morrendo por causa da carestia que esta guerra provoca.

¡°Esta crise devastadora supera toda imaginação, com massacres genocidas de civis, estupros e violências baseada de gênero, saques, incêndios, destruição de casas, locais de culto, escolas, instalações de saúde. Tudo foi destruído¡±.

¡°De acordo com o relatório da UNOCHA de 15 de novembro de 2021 - Dom Medhin - 1,7 milhão de crianças no Tigray foram privadas de educação nestes dois anos."

O prelado pede a retirada das forças de ocupação para permitir o regresso dos deslocados internos às suas aldeias e um diálogo pacífico para pôr fim aos crimes em curso. ¡°Ainda estamos chocados e horrorizados com os atos de crimes brutais que mataram onze pessoas, incluindo nove tigrinos, que foram queimados vivos em 3 de março de 2022 na região de Benishangul-Gumuz. É trágico e inaceitável ver mães, crianças e adultos morrerem a cada minuto porque são privados do direito à vida e dos serviços básicos que Deus lhes concede. O nosso é um ulterior apelo a todas as comunidades internacionais interessadas e competentes. Caso contrário, que o mundo se prepare para ver pilhas de carcaças humanas na região de Tigray, vítimas de uma carestia evitável¡±.

"Neste momento crítico, pedimos desesperadamente à comunidade internacional que tome medidas rápidas para salvar milhões de pessoas em Tigray da morte, antes que atinja um nível irreversível".

Na carta pastoral, a eparca invoca a paz para a população sofredora do Tigray, da Etiópia e do mundo e agradece a todos os atores envolvidos no campo entre ¡°indivíduos, instituições, governos, que estão trabalhando incansavelmente para trazer um vislumbre de esperança à população¡±.

Em um relatório recente do OCHA, é ressaltado que os serviços de saúde foram prestados a mais de 26.500 pessoas na região etíope em uma semana, mas estima-se que 3,9 milhões de pessoas precisam de cuidados de saúde.

*Com Agência Fides

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07 abril 2022, 12:17