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Uma verdadeira onda de violência tem ensanguentado o estado de Zacatecas, no centro-norte do México, nos últimos dias. O fato mais grave e gritante ocorreu em 6 de janeiro, dia da Epifania, quando os corpos horrivelmente massacrados de dez pessoas, oito homens e duas mulheres, foram encontrados na praça principal da capital Zacatecas, em frente ao palácio do Governo do Estado.

Segundo os investigadores, as vítimas estavam ligadas ao cartel de Sinaloa e o gesto foi atribuído ao cartel hoje dominante, o de Jalisco Nova Geração (Cjng). Depois, durante o fim de semana, houve mais sete vítimas, e no início da semana três agentes da polícia municipal foram mortos em Fresnillo.

As luzes do Natal ofuscadas pelos sinais da morte

"Quando pensávamos ter visto tudo, acontece algo que nos aterroriza ainda mais, os sinais da barbárie e da morte são uma ocorrência diária em nossas cidades" e as luzes do Natal "foram ofuscadas pelos sinais da morte, do sangue derramado e da profunda desumanização que estamos testemunhando", escreveu o bispo de Zacatecas, dom Sigifredo Noriega Barceló, em uma nota divulgada na terça-feira, 11 de janeiro.

"É verdade que às vezes somos vencidos pelo desânimo e pelo pessimismo, porém, hoje mais do que nunca é necessário alimentar a esperança". E é verdade que a paz "é tarefa de todos, mas não é um princípio abstrato, é responsabilidade de todos", continua o prelado.

Caminhos para a paz são o diálogo, a educação e o trabalho

O bispo de Zacatecas afirma ainda: "O governo, a sociedade civil, as instituições educacionais, as associações eclesiásticas, cada um de nós deve assumir a responsabilidade que tem por uma sociedade mais justa e pacífica".

Dom Noriega conclui: "O Papa Francisco nos lembrou que os caminhos para a paz são o diálogo, a educação e o trabalho. Trata-se, portanto, de uma tarefa muito maior e mais profunda do que simplesmente reagir com as armas".

(com Sir)