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Bicentenário de Independência da Guatemala (AFP) Bicentenário de Independência da Guatemala (AFP)

Guatemala 200 anos. Dom Paúl: liberdade cristã, antídoto para escravidões atuais

Numa mensagem divulgada dia 15 de setembro, por ocasião do bicentenário da independência da Guatemala, o bispo de Escuintla, dom Victor Hugo Palma Paúl, trata da liberdade cristã, a ser entendida como um dom de Deus, mas também como responsabilidade e compromisso de cada um, bem como "cuidado para não cair novamente na ã causada pelo pecado", ou seja, "egoísmo, vaidade, violência, falta de respeito pela pessoa em seus direitos fundamentais e falsificação da mensagem do Evangelho"

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A autêntica liberdade, no sentido cristão, é um "dom e um compromisso" para a melhor realização das pessoas e um antídoto para as muitas formas de escravidão que caracterizam os tempos contemporâneos.

É o que afirma o bispo de Escuintla, na Guatemala, dom Victor Hugo Palma Paúl, numa mensagem divulgada na quarta-feira, 15 de setembro, por ocasião do bicentenário da independência do país centro-americano.

O documento trata da liberdade cristã, a ser entendida como um dom de Deus, mas também como responsabilidade e compromisso de cada um, bem como "cuidado para não cair novamente na escravidão causada pelo pecado", ou seja, "egoísmo, vaidade, violência, falta de respeito pela pessoa em seus direitos fundamentais e falsificação da mensagem do Evangelho".

A fraternidade e a justa consideração dos outros

Tudo isso não nos permite "viver a atitude chave da verdadeira independência humana, a da fraternidade e da justa consideração dos outros", sublinha o prelado guatemalteco.

Dom Palma Paúl também lembra as muitas "correntes que impedem que se viva a liberdade de forma integral" e não permitem "a plena realização da pessoa".

São elas: "a profunda ignorância acerca de Cristo" que leva ao "divórcio tristemente perene entre fé e vida"; "a idolatria do dinheiro e do materialismo" que, prejudicando toda forma de justiça, destrói a família e os valores humanos em geral; "a agressão contra a vida humana" que nos faz ver no outro não um irmão, mas um inimigo "em face de cuja dor não só não nos detemos, mas a aumentamos, recusando até mesmo dialogar com ele e conhecer o drama pelo qual ele sofre".

Demais formas de escravidão

E novamente, o prelado enumera o flagelo da prostituição, o tráfico de drogas, a impunidade da justiça penal e a violência doméstica, todas elas, formas de escravidão perpetradas por "corações cheios de egoísmo, arrogância e irresponsabilidade".

Ao mesmo tempo, o bispo de Escuintla denuncia a "agressão contra o meio ambiente" que leva a negligenciar o fato de que "somos parte da própria criação" e que prejudicar a Criação também significa "agredir a vida humana social, familiar e pessoal".

Quanto aos católicos, dom Palma Paúl reitera que sua missão é "contribuir para o bem comum em todas as suas formas e expressões, levando em conta a liberdade de consciência da pessoa, o cuidado da vida desde sua concepção até seu fim natural, e a atenção àqueles que têm menos recursos, mas que são a presença do Senhor na necessidade".

Liberdade no sentido cristão, liberdade no Espírito

A conversão e a promoção do diálogo são, portanto, os instrumentos sugeridos pelo prelado para viver a liberdade no sentido cristão, que é "liberdade no Espírito, motivo de alegria na reconciliação com o Pai e na realização da verdadeira liberdade dos filhos de Deus".

A mensagem episcopal conclui-se com uma invocação à Virgem Maria, Ela que "está sempre perto de Cristo na cruz e de todos aqueles que sofrem pela pandemia da Covid-19 e de outras pandemias causadas pela escravidão espiritual".

"Que Nossa Senhora interceda para que possamos continuar construindo uma liberdade integral e autêntica", é a oração do bispo guatemalteco de Escuintla, dom Victor Hugo Palma Paúl.

Pope – IP/RL

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16 setembro 2021, 16:07