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Caritas ³§³Ü¨ª?²¹: reduzir emiss?es de CO2, mas de modo socialmente sustent¨¢vel

Segundo a Caritas ³§³Ü¨ª?²¹, uma ±è´Ç±ô¨ª³Ù¾±³¦²¹ clim¨¢tica socialmente sustent¨¢vel deve satisfazer dois princ¨ªpios: "as medidas de prote??o clim¨¢tica n?o devem mais pesar financeiramente sobre as pessoas afetadas pela pobreza ou em risco de pobreza"; "as pessoas de baixa renda tamb¨¦m devem ter a oportunidade de agir ativamente no respeito ao clima". A ±è´Ç±ô¨ª³Ù¾±³¦²¹ clim¨¢tica deve ser acompanhada de medidas socio±è´Ç±ô¨ª³Ù¾±³¦²¹s que garantam um n¨ªvel suficientemente alto de seguran?a existencial para todas as pessoas

Pope

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"Após um verão marcado por catástrofes climáticas, uma política climática eficaz é mais do que nunca necessária. A Suíça também deve reduzir suas emissões de gases de efeito estufa a zero o mais rápido possível." É o que a Caritas Suíça declara em um documento, o qual enfatiza fortemente a necessidade de que a política climática e a política social caminhem de mãos dadas.

Com a rejeição da lei sobre a redução das emissões de CO2 (dióxido de carbono) no referendo de 13 de junho, a questão sobre "como a Suíça pode alcançar neutralidade nas emissões de gases de efeito estufa até 2050" permanece em aberto, um objetivo - aponta a Caritas - cuja urgência é demonstrada pelo calor tórrido e pelas enchentes que também afetaram a Europa neste verão e confirmada pelo sexto relatório do Grupo de Peritos da ONU sobre Mudanças Climáticas (IPCC), publicado em 9 de agosto.

Portanto, é necessário "acelerar o mais rapidamente possível a transição para uma economia e um estilo de vida sustentáveis que respeitem os recursos naturais e beneficiem todos os seres humanos".  Mas a meta de zero emissões - sublinha a Caritas helvécia - deve ocorrer de forma "socialmente sustentável", também à luz da crise do Coronavírus, que "evidenciou o número de famílias na Suíça que vivem em condições financeiras precárias ou modestas".

Critérios para uma política climática socialmente sustentável

De acordo com a organização caritativa católica, uma política climática socialmente sustentável deve satisfazer dois princípios: por um lado, "as medidas de proteção climática não devem mais pesar financeiramente sobre as pessoas afetadas pela pobreza ou em risco de pobreza" e, por outro lado, "as pessoas de baixa renda também devem ter a oportunidade de agir ativamente no respeito ao clima".

"Em termos concretos, isto significa que a margem de manobra financeira das famílias de baixa renda deve ser ampliada através de apoio direcionado para que possam adotar um comportamento respeitoso do clima. A política climática deve ser acompanhada de medidas sociopolíticas que garantam um nível suficientemente alto de segurança existencial para todas as pessoas na Suíça. Desde que essa seja garantida, decisões corajosas e sobretudo rápidas no campo da política climática são também socialmente sustentáveis", conclui a nota.

A lei revisada sobre emissões de CO2 foi aprovada pelo parlamento suíço no último trimestre de 2020, de acordo com o compromisso assumido pela Suíça após a assinatura do Acordo de Paris sobre o clima de reduzir pela metade suas emissões de gases de efeito estufa até 2030, em relação a suas emissões de 1990.

Grande responsabilidade da Suíça pelo aquecimento global

Especificamente, a lei focalizou uma combinação de incentivos financeiros, investimentos e novas tecnologias: por exemplo, aqueles que importam gasolina e diesel são obrigados a compensar parte das emissões de CO2 produzidas por esses combustíveis com medidas climáticas; no setor da mobilidade, a lei cria as condições para a comercialização de veículos mais eficientes, enquanto que no setor da construção civil prevê uma redução nas emissões de dióxido de carbono.

Por fim, a lei reconheceu um comportamento virtuoso: aqueles que geram menos CO2 pagam menos impostos do que aqueles que geram mais. Se, por exemplo, você optar por um carro elétrico, não usar um avião para viajar de férias ou escolher um sistema de aquecimento sem CO2 para sua casa, então você recebe uma redução de impostos.

Entretanto, a maioria do povo suíço rejeitou as novas disposições como sendo muito onerosas. A Caritas e outras organizações católicas suíças, por sua vez, haviam se posicionado a favor, ressaltando que a Suíça tem uma grande responsabilidade pelo aquecimento global.

Pope ¨C LZ/RL

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24 agosto 2021, 10:31