Signis faz apelo à reconciliação e liberdade de expressão em Cuba
Pope
Reconciliação, diálogo e respeito pela liberdade de expressão estão no centro do apelo urgente lançado pela Signis (Associação Católica de Comunicação) em favor de Cuba. Há vários dias, de fato, a ilha caribenha tem estado em revolta devido às contínuas manifestações de rua contra a crise econômica e a fome, agravadas pela propagação do coronavírus. Os protestos foram interrompidos pelas autoridades com a prisão de numerosas pessoas, para as quais a Signis está agora pedindo sua "libertação imediata".
Solidários com todos os detidos e seus familiares e amigos
Entre elas, há também "alguns jovens membros da Signis-Cuba", que acabaram sendo colocados atrás das grades "por participarem de mobilizações pacíficas pedindo liberdades civis e uma resolução efetiva para a escassez de alimentos e a falta de assistência de saúde diante da pandemia da Covid-19".
"Nossas orações e ações como comunicadores – lê-se numa nota - são e serão solidárias com todos eles e suas famílias e amigos, que vivem na angústia e incerteza sobre as condições atuais deles."
Exortação à paz e concórdia entre os cubanos
Ao mesmo tempo, a Associação insiste no "poder do diálogo" e exorta à "paz e concórdia entre os cubanos", assim como ao "respeito aos direitos humanos e à liberdade de expressão por parte do governo local".
"Apelamos à razão e à não-violência - continua a nota -, oferecemos nossas mãos e nossos corações para construir um país melhor, mais justo e digno". Pedimos a libertação daqueles que não cometeram nenhum outro crime a não ser expressar pacificamente seus pensamentos e sentimentos, de acordo com sua consciência."
Apelo dos bispos da Ilha caribenha
A Signis recorda, em seguida, o apelo da Conferência Episcopal de Cuba por "uma solução favorável", que "não pode ser imposta pela força, nem pelo confronto". Somente quando "as partes envolvidas se escutam", é lembrado, "é possível chegar a acordos e tomar medidas reais e concretas com todos os cubanos sem exceção, para construir uma pátria com todos e para o bem de todos".
A nota da Associação mundial de comunicadores católicos conclui-se com uma citação de seu santo patrono, o arcebispo dom Óscar Arnulfo Romero: "A paz tem que ser obra da justiça".
Pope – IP/RL
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