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Mulheres manifestantes em Mandalay fazem a sauda??o de tr¨ºs dedos enquanto participam de uma manifesta??o contra o golpe militar em 10 de julho de 2021. (Foto por - / AFP) Mulheres manifestantes em Mandalay fazem a sauda??o de tr¨ºs dedos enquanto participam de uma manifesta??o contra o golpe militar em 10 de julho de 2021. (Foto por - / AFP) 

Manifesta??o da di¨¢spora birmanesa pedir¨¢ reconhecimento do Governo de unidade nacional, na clandestinidade

As pessoas ir?o vestir uma camiseta branca, um s¨ªmbolo de pureza, com uma faixa preta no bra?o, um sinal de luto pelos m¨¢rtires ca¨ªdos. A manifesta??o ¨¦ promovida pelo Governo de Unidade Nacional (NUG) ¨C na clandestinidade em Mianmar - que pretende recordar o general Aung San (pai da resist¨ºncia anticolonial e de Aung San Suu Kyi) e membros de seu gabinete, assassinados ap¨®s a vit¨®ria de o movimento de independ¨ºncia de 1947, assim como ¡°os m¨¢rtires de hoje¡± que lutam pela democracia no pa¨ªs.

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A diáspora birmanesa e aqueles que apoiam a resistência civil à junta militar se encontrarão em vários lugares do planeta nos dias 17 e 18 de julho para homenagear as tantas gerações dos mortos em Mianmar por uma causa justa, da luta pela independência àquela atual que é pela democracia.

O significado deste evento, denominado Global Myanmar Spring Revolution (¡°Revolução Global da Primavera de Mianmar¡±) - que na Itália se realizará em Veneza - é explicado por um dos líderes da comunidade birmanesa na Itália, Thuzar Lin: ¡°Iremos rezar e honrar, junto com todas as comunidades étnicas de Mianmar, os heróis caídos, a começar pelo general Aung San, até os civis inocentes que são mortos hoje¡±.

 

As pessoas irão vestir uma camiseta branca, um símbolo de pureza, com uma faixa preta no braço, em sinal de luto pelos mártires caídos. A manifestação é promovida pelo Governo de Unidade Nacional (NUG) ¨C na clandestinidade em Mianmar - que pretende recordar o general Aung San (pai da resistência anticolonial e também de Aung San Suu Kyi, atualmente presa) e membros de seu gabinete, assassinados após a vitória do movimento de independência de 1947. Mas é também uma forma de recordar ¡°os mártires de hoje¡±, mortos pela repressão da junta militar que tomou o poder em 1° de fevereiro passado.

O encontro internacional vai convidar a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) - da qual Mianmar faz parte com outros nove países - a reconhecer o governo do país que está na clandestinidade e cujos parlamentares ¨C recorda uma nota do NUG enviada à Agência Fides - ¡°foram eleitos por mais de 84% dos cidadãos birmaneses em eleições democráticas livres e justas¡±.

No documento, o NUG lembra que adotou "uma nova Constituição federal" e que prosseguem as discussões com as várias comunidades étnicas de Mianmar por "uma transição para o verdadeiro federalismo".

O pedido de reconhecimento do NUG, além da ASEAN, também é encaminhado a todos os governos dos países onde ocorrerão as manifestações, dos Estados Unidos ao Japão, da Grã-Bretanha ao Canadá.

¡°A população de Mianmar - conclui a nota do NUG - mostrará ao mundo que, mesmo vivendo em países diferentes, os birmaneses são uma só pessoa¡±. Desta forma, o NUG visa superar as diferenças étnicas e religiosas que há anos envenenam o caminho de Mianmar e promover a paz, a convivência e a justiça social.

A referência à ASEAN recorda que a organização havia se comprometido a levar a cabo um plano de pacificação e diálogo em cinco pontos que, no entanto, nunca foi implementado, enquanto a violação dos direitos fundamentais continua e, segundo dados confirmados pela Assistance Association for Political Prisoners (¡°Associação de Assistência os Prisioneiros Políticos¡±), mais de 900 pessoas foram mortas e mais de 5 mil ainda estão na prisão.

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16 julho 2021, 13:47