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Menino iemenita olhando para a bandeira do seu pa¨ªs, hasteada em um monumento do s¨¦culo XII em al-Qahira, I¨ºmen Menino iemenita olhando para a bandeira do seu pa¨ªs, hasteada em um monumento do s¨¦culo XII em al-Qahira, I¨ºmen 

I¨ºmen: milh?es de pessoas passam fome por causa da guerra

Guerra e Covid s?o as causas da pobreza no I¨ºmen que vive a crise humanit¨¢ria mais grave do mundo. A organiza??o A??o contra a Fome denunciou a situa??o de milh?es de civis. O pa¨ªs, que est¨¢ em guerra h¨¢ anos, encontra-se ¨¤ beira da carestia total

Giancarlo La Vella ¨C Pope

Em sete anos de guerra, já morreram 250.000 pessoas, com mais da metade das mortes por causas indiretas da guerra, como a falta de alimentos ou de assistência médica. Pelo quarto ano consecutivo, o país árabe enfrenta agora a pior crise humanitária do mundo e está à beira da carestia total. ¡°Mais de 80% da população", disse Simone Garroni, diretor-geral da Ação Contra a Fome, ao Pope, "vive abaixo da linha da pobreza e pelo menos 20 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária. Atualmente milhões de iemenitas não têm acesso aos cuidados médicos básicos, à água potável ou a um emprego adequado que possa atender suas necessidades essenciais. O conflito armado, mesmo antes da atual pandemia, teve um impacto devastador sobre a população. A insegurança alimentar e a desnutrição, também devido aos efeitos da Covid-19, são um problema grave. Mais de 16 milhões de pessoas passam fome ¨C destacou Garroni - e 400.000 crianças com menos de cinco anos correm o risco de morrer de desnutrição aguda grave se não receberem tratamento urgente.

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A história de Maimuna

Em Al Khawkhah, um distrito no sul da província de Al-Hodeidah, os vestígios do conflito são visíveis nos rostos de adultos e crianças. No centro de estabilização dirigido pela Ação Contra a Fome, onde são tratadas as crianças mais severamente subnutridas, há muitas histórias de pessoas que lutam contra a fome causada pela guerra. Uma mãe de 21 anos, Maimuna, com uma filha de oito meses, Raheel conta: "Quando minha filha adoeceu, ela não conseguia se mexer ou chorar¡±. A criança recebeu seu copo de leite terapêutico, fornecido a cada três horas pelo Centro para tratar as formas mais severas de fome. ¡°Depois de apenas seis ou sete dias de tratamento", continua Maimuna, "posso ver que ela está muito melhor¡±. A guerra se tornou uma rotina na vida de milhões de pessoas. Maimuna, que viu a desagregação de sua própria família, não é exceção. "No dia do meu casamento, todos tinham muito medo porque ouvia-se bombardeios e combates por toda a parte. Meus irmãos viviam perto da linha de frente, todos eles tiveram que fugir e ainda hoje vivem em um acampamento para desalojados".

Ajudar o Iêmen a sair do drama

A organização Ação Contra a Fome acredita que somente novos apoios humanitários, a importação facilitada de bens essenciais para a população e um maior respeito ao direito humanitário internacional pelas partes em conflito podem quebrar o atual círculo vicioso da guerra e da fome. Além de realizar programas que salvam vidas no país, a organização tem fornecido aos agentes em campo as informações necessárias para protegerem a si mesmos e às comunidades locais da Covid-19. Mas isso não é tudo. O colapso dos serviços de água e saneamento deixou as pessoas dependentes da ajuda humanitária. Agora milhões de pessoas dependem do abastecimento de água fornecido pelos caminhões-pipa. A organização também está trabalhando na frente de emergência da água com a instalação de novos pontos com torneiras para lavar as mãos e abastecimento de água potável.

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21 julho 2021, 10:11